Cultura dos tropeiros é tema de seminário internacional em MG

 

Eles eram responsáveis pelo comércio e transporte nos séculos XVIII e XIX.
Evento vai até sábado (22) em Ipoema, na Região Central do estado.

Do G1 MG

Os tropeiros, responsáveis pelo comércio e transporte de mercadorias nos séculos XVIII e XIX, em Minas Gerais, são tema de um seminário internacional que começou nesta quinta-feira (20) no distrito de Ipoema, em Itabira, na Região Central do estado. O Primeiro Seminário Internacional de Tropeirismo é uma oportunidade para conhecer mais sobre as manifestações culturais do grupo e saber como eles marcaram a história do Brasil. O encontro, que reúne especialistas de oito estados do Brasil e do exterior, oferece atividades e palestras gratuitas.
A abertura do evento, que vai até este sábado (22), foi marcada por uma alvorada festiva. Os participantes se vestiram como os tropeiros e fizeram um cortejo pelas ruas do distrito. Eles foram acompanhados por moradores e personagens folclóricos como o Saci Pererê e a Mula sem Cabeça. O empresário Wernek Viamão, que mora em Ipoema, destacou a importância de difundir as tradições. “Nós queremos fazer o encaminhamento da história dos tempos da nossa gente pra contar para a juventude o que vem vindo a galope e com sede de cultura”, disse.
O empresário Marco Aurélio Angeli conta que, no Rio Grande do Sul, os animais ainda são o único meio de transporte em algumas regiões em que tratores e máquinas não chegam.
Eleni Cássia Vieira, diretora do Museu do Tropeiro, criado há oito anos no distrito de Ipoema, também enfatizou a relevância de a cidade receber o seminário internacional. Segundo Ana Tereza Arruda, que também mora em Ipoema, durante o seminário, os participantes vão começar a elaborar um projeto para tentar que o homem tropeiro obtenha o título de patrimônio cultural da humanidade. O documento vai ser entregue para a Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco). O organizador do projeto Tropeiro Brasil, Carlos Solera, diz que uma carta produzida pelos participantes do evento vai embasar diretrizes do projeto. “Tem que comprovar a influência benéfica do homem tropeiro na formação do povo brasileiro”, falou.