MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Consumo de carne na Argentina cai para o menor nível em 50 anos

 

Consumo por habitante recuou para 53,3 kg no ano.
Restrição a exportações e seca fez preço da carne disparar.

Da Agência Estado
O consumo de carne bovina na Argentina já é o menor dos últimos 50 anos. De um consumo per capita de 73,1 quilos em 2009, o maior do mundo, o país registra neste ano 53,3 quilos por habitante, uma queda de 27%.
Nem durante a crise econômica de 2001 os argentinos comeram tão pouca carne. Naquele ano, quando o desemprego chegou a 17% e a pobreza atingiu mais da metade da população, o consumo da proteína bovina chegou a 64 quilos por pessoa. A queda do consumo já havia sido alertada pela indústria, mas agora é o Ministério de Agricultura da Argentina que divulgou estatísticas apontando o recuo.
Os argentinos não deixaram de adorar o "asado" (churrasco), o "lomo" (filé) ou os bifes à milanesa. O problema é o preço, que começou a subir em 2009, como consequência direta da política de restrições às exportações com controle de preços ao produtor, iniciada em 2006, e a pior estiagem das últimas décadas, em 2008 e 2009. O rebanho encolheu brutalmente: de 58 milhões de cabeças, em 2007, para cerca de 48 milhões atuais. Essa diferença de 10 milhões de cabeças a menos foi efeito, em parte, do abate de fêmeas em idade reprodutiva.
Sem estímulos para continuar na atividade pecuária, os produtores optaram pela venda e abate sistemáticos das fêmeas, e decidiram migrar para cultivos rentáveis como a soja. O resultado começou a ser sentido no bolso: o consumidor pagava uma média de 21 pesos pelo quilo da costela, em 2009, e agora desembolsa 31 pesos, um aumento de 47%. O filé saltou de 26 pesos para quase 50 pesos (+92%), enquanto o bife para milanesa, por exemplo, aumentou de 29 pesos para 39 pesos (+35%), conforme dados do Instituto de Promoção de Carne Bovina Argentina (IPCVA, pela sigla em espanhol), sobre os preços de setembro.

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