Economia com aposentadoria dos militares aos 55 anos seria de R$ 12 mi em 2025, avalia CLP
Para a organização, proposta do governo é insuficiente para resolver problemas da previdência militar O
Centro de Liderança Pública (CLP) avalia que a proposta sugerida pelos
Ministérios da Fazenda e da Defesa é insuficiente para resolver os
problemas da previdência militar do país. Segundo estimativas da
organização, a economia gerada pela aposentadoria dos militares aos 55
anos seria de apenas R$ 12 milhões em 2025. Segundo nota técnica do
centro, o valor é ínfimo diante do montante total das despesas.
“Ao
analisar quantos militares poderiam se aposentar antes dos 50 anos em
2025 e 2030, sendo impedidos até atingirem 54 anos devido à exigência de
completar 35 anos de serviço, verifica-se que a economia gerada seria
de apenas R$ 12 milhões em 2025 e R$ 25 milhões em 2030. Esses valores
consideram uma taxa de reposição fiscal de 50%, ou seja, o custo dos
novos militares que substituiriam os aposentados seria metade do salário
destes”, traz a nota.
O
documento ainda prevê que a criação de uma alíquota contributiva
adicional de 3,5% poderia gerar uma receita extra de cerca de R$ 2
bilhões por ano. No entanto, esse montante é insuficiente quando
comparado ao déficit da previdência militar, que alcança R$ 50 bilhões.
Portanto, apesar de as medidas representarem um avanço, elas têm impacto
fiscal limitado e não são suficientes para resolver o problema
estrutural do sistema previdenciário militar.
Entre
os principais pontos da proposta dos ministérios estão o aumento
progressivo da idade mínima para a transferência para a reserva
remunerada de 50 para 55 anos e alterações nas regras de pensão, como a
restrição de beneficiários e o fim da chamada "morte ficta". Por fim,
seria implementada uma contribuição de 3,5% sobre salários.
No
entendimento do CLP, para enfrentar efetivamente o problema são
necessárias medidas mais abrangentes. Uma delas é aumentar a idade
mínima para a transferência para a reserva remunerada para, pelo menos,
60 anos. Isso alinharia o Brasil às práticas internacionais e reduziria a
pressão sobre o sistema previdenciário, já que os militares
permaneceriam mais tempo na ativa, contribuindo por um período maior
antes de se tornarem beneficiários.
Além
disso, é essencial pôr fim à integralidade das aposentadorias
militares, seguindo o exemplo do que já foi implementado no serviço
público federal civil. Essa mudança implicaria que os benefícios
passassem a ser calculados com base na média das remunerações, e não no
último salário recebido, tornando o sistema mais sustentável. Também é
crucial eliminar pensões que não existem no Regime Geral da Previdência
Social, garantindo equidade entre os diversos regimes previdenciários do
país.
Leia a nota - anexo 1.pdf
GBR Comunicação Larissa Lima larissa.lima@gbr.com.br |
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