Em busca de usar o etanol como fonte de energia no futuro, dentro da realidade de países como Brasil e Índia, a Volkswagen anunciou oficialmente que o país será o centro desenvolvimento mundial de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para a empresa.
Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina, diz: “Sediar aqui no Brasil o novo Centro de P&D para etanol e outros biocombustíveis nos locais em evidência no mundo Volkswagen. Poder liderar, desenvolver e exportar soluções tecnológicas a partir do uso da energia limpa dos biocombustíveis se destacar como uma estratégia complementar às motorizações elétrica, híbrida e à combustão a mercados emergentes é um reconhecimento enorme para uma operação na América Latina. Vamos atuar em parceria com Governo, universidades e a agroindústria para podermos trabalhar com o que há de melhor para o futuro da mobilidade”.
A ideia é fomentar matrizes energéticas para implementação futura nos automóveis, iniciando pelo desenvolvimento de soluções baseadas no etanol, que é o combustível ecológico difundido no Brasil e será adotado também pela Índia. Nesse caso, o país fornecerá a tecnologia para o player da Ásia.
De olho no potencial do Brasil, onde estudo publicado pelo World Wildlife Fund (WWF), indica que no Brasil até 2030, os biocombustíveis poderão suprir 72% da demanda brasileira de combustível apenas pela otimização das pastagens degradadas atualmente sem competir com a terra necessária para a produção de alimentos.
Atualmente, apenas 1,2% do território brasileiro é utilizado para o cultivo de cana-de-açúcar, com 0,8% para produção de etanol (cana e milho). Além disso, quase 92% da produção de cana-de-açúcar é colhida no Centro-Sul do Brasil, e os 8% restantes são cultivados na região Nordeste.
Vislumbrando enorme crescimento na produção desse combustível, a VW focará no desenvolvimento de soluções para utilizá-lo. Isso deverá começar por motores mais eficientes no uso do combustível vegetal, assim como o híbrido flex, seguindo os passos da Toyota.
Contudo, a VW está de olho mesmo é nas células de combustível usando etanol, por isso firmou parceria com entidades e universidades nacionais para alcançar a tecnologia, que na Nissan é chamada SOFC. Isso permitirá que o carro elétrico se enquadre no contexto brasileiro, mas sem a infraestrutura de recarga elétrica, considerado o maior entrave para sua difusão no país.
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