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O exame de proteína C reativa (PCR) é um dos mais falados atualmente. O motivo é que a investigação faz parte da estratégia de atuação voltada para o combate à Covid-19.
Vários marcadores relacionados a processos inflamatórios são utilizados pelos especialistas para tentar identificar a presença do novo coronavírus no organismo. Estudos indicaram que a elevação desta substância, combinada com resultados obtidos em outros exames, ajuda a apontar o diagnóstico positivo.
No entanto, antes de ser um dos métodos de investigação na pandemia, esta proteína produzida pelo fígado, que é comum em poucas quantidades no sangue, pode ligar o alerta sobre outros problemas de saúde. O resultado deve ser avaliado por um clínico e pode ser solicitado como uma opção tanto nos procedimentos de rotina, quanto na investigação em busca do diagnóstico do paciente.
As finalidades do PCR
Geralmente, o PCR é um teste inicial usado para monitoramento do desenvolvimento de alguma condição. O valor máximo de referência para homens e mulheres é de até 3 mg/L ou 0,3 mg/dL. Se o resultado for maior do que estes parâmetros, o médico deverá solicitar exames complementares para diagnosticar o motivo ou confirmatórios, se já houver uma suspeita.
Pode ocorrer aumento da proteína C reativa quando há algum processo infeccioso causado por bactérias ou fungos em andamento no organismo do paciente. Em infecções agudas, os valores podem aumentar até mil vezes.
O alto nível da proteína no organismos também pode indicar um processo inflamatório. O médico irá observar, no exame de sangue, se houve aumento associado na quantidade de leucócitos, as células de defesa do corpo.
O PCR pode apontar casos de doenças reumáticas, traumatismos ou mesmo em cânceres, mesmo que o paciente não apresente sintomas claros e definidos. Ajuda ainda no diagnóstico de lúpus, da apendicite, de doença inflamatória do intestino, da pancreatite, artrite reumatoide, tuberculose, entre outros.
O exame de proteína c reativa pode ser feito também em até três dias após cirurgias para determinar sepse, que é a infecção generalizada.
Além disso, é um marcador precoce e ajuda a avaliar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Quem tem PCR menor que 1 mg/L, tem baixo risco para doenças cardíacas. Entre 1 e menor que 3 mg/L, apresenta médio risco. Acima de 3 mg/L, é considerado alto risco.
Em todos estes casos, os pacientes precisam detectar a causa primária da elevação da proteína C reativa no organismo. Desta forma, o especialista terá elementos suficientes para indicar o tratamento, os medicamentos adequados a cada caso e determinar o acompanhamento e as reavaliações pertinentes.
Como é feito o exame?
Por ser um exame de análise clínica, o PCR permite identificar indicadores e valores referentes a substâncias presentes no organismo. É feito a partir da coleta de uma amostra de sangue venoso pelo técnico. O paciente é liberado imediatamente.
Em geral, não são necessários preparos anteriores ao exame, como jejum. Há casos em que o médico solicitante recomenda, por isso é importante confirmar ao agendar.
Medicamentos como anti-inflamatórios não-esteroides, betabloqueadores, pílula anticoncepcional, aspirina, corticoides, estatinas podem interferir no resultado. O médico que solicitar o exame deve ser informado sobre o uso.
Terapia de reposição hormonal e uso de DIU também afetam. Alguns especialistas lembram que atividades físicas intensas e de choque podem alterar a taxa e, portanto, devem ser evitadas antes da coleta de sangue.
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Rafaela Rodrigues
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