A crise que os indicadores econômicos mostram é àquela a que mais nos apegamos, e que já nos acompanha desde o começo da pandemia. Mas há uma crise maior, que talvez algumas empresas demorem um pouco mais a perceber e que ficará evidente na volta do trabalho remoto: a readequação das rotinas nos escritórios.
“Ok, dados e números são importantíssimos para a (possível) recuperação da nossa economia pós coronavírus. Mas as pessoas, essas, sim, serão fundamentais no processo”. A frase do Headhunter e Coach de Carreira Marcelo Arone, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, 12 anos de experiência no mercado de capital humano, define bem como as empresas vão precisar agir na volta do home office: com foco nas pessoas.
Marcelo lembra: “é claro que estamos falando de uma parcela pequena de empresas, se formos pensar na quantidade delas que teve que fechar as portas, demitir ou então que seguiu trabalhando mesmo na fase mais intensa da pandemia”, lembra eles. Os privilegiados que puderam seguir trabalhando em home office, agora, segundo Marcelo, terão o dever de levar para a empresa o que aprenderam em suas casas.
“A crise mais profunda que o Coronavírus trouxe vai ser percebida agora, ou em alguns meses, quando voltarmos a conviver. Não sabemos ainda quando todos voltarão, quem vai abrir totalmente as portas e como será esse retorno, mas uma coisa é totalmente real: enquanto pessoas e, especialmente, como chefia e colaboradores, não somos mais os mesmos”, afirma o headhunter.
Ele lembra que a própria palavra colaborador, que ganhou uma conotação muito necessária nas últimas décadas, certamente terá ainda maior importância a partir de agora: “mesmo os cargos de chefia, que é para os quais temos maior experiência na OPTME, deverão estar alinhados com uma postura mais colaborativa, mais fazedora, teremos empresas menos hierarquizadas e mais produtivas”, explica ele.
A grande questão é que já vivíamos uma crise e ainda estávamos lidando com ela de maneira antiquada, com padrões de produtividade ainda sofríveis e, muitas vezes, fugindo da tecnologia. “A pandemia veio mudar drasticamente essas duas frentes de trabalho: produtividade e avanço tecnológico simplesmente foram fundamentais e isso não deve mudar, mesmo com a volta ao escritório”, afirma.
Marcelo finaliza: “agora é que veremos quem realmente aprendeu a lidar com o inesperado e com a dificuldade e quem ainda terá que se adaptar. Talvez, a maior crise será a humana, ainda mais do que a econômica. Mas a resposta para essa dúvida só o tempo e a vivência trarão”.
Quem é Marcelo Arone?
Marcelo Arone é Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.
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