Carlos Marchi
Foi engraçado o debate de quinta-feira em Porto Alegre. Sebastião Melo (MDB) criticou o PCdoB de Manuela D’Ávila sem saber direito o que era. Disse que era uma ideologia do passado, que ainda defende o criminoso Stalin, o que é verdade. (Mas não disse que Stalin matou 30 milhões de pessoas na coletivização da agricultura).
Manuela se defendeu dizendo que o PCdoB governa o Maranhão com sucesso. (Mas não disse que seu partido apóia o gordinho tarado que governa a Coreia do Norte com tirania).
PROGRAMA ATENUADO – Fui olhar o projeto do PCdoB para o Brasil. Eles atenuaram muito as palavras. Não falam mais em comunismo, mas em “socialismo”. Propõem “um poder de Estado dos trabalhadores e a predominância das formas de propriedade social dos meios de produção”.
Isso significa que quase todos os meios de produção (fábricas, lojas, oficinas) pertencerão ao conjunto dos trabalhadores. Algo inexequível, que deu errado onde quer que tenha sido tentado, a começar pela URSS e demais países comunistas.
Porém, a maior das contradições é o PCdoB participar como parceiro de uma democracia que, se vencer, vai exterminar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Artigo do Facebook, enviado por
José Carlos Werneck. Nosso amigo Carlos Marchi tem toda a razão. Os
gênios do PCdoB ainda não descobriram que é possível ser socialista
disputando o voto e respeitando a democracia. A defesa da propriedade
social dos meios de produção realmente é inaceitável, tipo Piada do
Século.
Eu posso falar de experiência própria. Trabalhei durante alguns meses no PCdoB do Rio de Janeiro, há oito anos. Lá, até os porteiros me chamavam de “camarada”. Assim que encontrei um jeito, dei o fora daquele mausoléu. (C.N.)
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