Docente dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Gestão de RH da Universidade Cruzeiro do Sul, Professor José Felipe Ferreira de Souza explica porque utilizar todo o 13º salário logo que o recebe é um péssimo negócio
São Paulo, 30 de novembro de 2020 – É natural que em períodos próximos ao final de ano funcionários assalariados criem certa expectativa para receber o 13º salário, principalmente em um ano com crises e pandemia, quando o benefício se torna ainda mais cobiçado. Em um país como o Brasil, onde a renda média da população é considerada baixa, normalmente qualquer entrada de recursos na renda familiar é tratada com ansiedade para cobrir os custos dos famigerados presentes envolvidos nas festividades ou, então, direcionados ao pagamento de dívidas.
No entanto, não é bem essa a forma mais inteligente de consumir o seu direito trabalhista. Segundo o Prof. José Felipe Ferreira Souza, docente dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Gestão de RH da Universidade Cruzeiro do Sul — instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional —, o ideal, inicialmente, é planejar.
Antes de tudo, na avaliação do especialista, é importante contabilizar corretamente o valor que a pessoa receberá de benefício. Em seguida, ela deve organizar e planejar o pagamento das contas que costumam chegar no início do ano, como tributos (IPVA, IPTU, etc) e gastos com matrícula, renovações, entre outras despesas.
“Vale a pena liquidar essas contas de início de ano à vista, pois, geralmente, elas garantem descontos que variam de 5%, 7% e até 10%. Parece pouco, certo? Porém, existem pouquíssimas aplicações/investimentos que, ao longo de 4 a 6 meses, garantam uma rentabilidade de 5%”, compara o Professor José Felipe.
A próxima orientação é acerca do restante do benefício, aquele que sobrará após a quitação das contas de início de ano. Com esse valor, a indicação é aplicá-lo em um produto de investimento. Dessa maneira, ao invés de pagar juros, é a instituição financeira quem realiza o pagamento de juros ao cliente, fazendo com que aquele dinheiro se valorize em um determinado período.
Agora, se a pessoa faz parte daquelas famílias que não têm como escapar dos presentes, existem algumas saídas inteligentes, conforme explana o Professor José Felipe: “Não invista todo o 13º salário em presentes. Se for um caso indispensável, organize um valor específico do benefício para gastar com os mimos”, afirma.
Uma das alternativas é, de acordo com o especialista, separar 20% do 13º salário para os presentes e despesas com as festividades de final de ano. Mas é importante ressaltar, porém, que ainda estamos em período de pandemia de Covid-19, o que certamente exige de todos os devidos cuidados com a transmissão da doença.
“Não se esqueça de respeitar as normas de segurança e saúde, sempre seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Evite aglomerações e respeite o distanciamento social", finaliza o Professor.
Abaixo, algumas dicas de como utilizar o 13º salário de forma inteligente:
- Organize suas contas e avalie quanto irá receber;
- Realize um planejamento para utilizar o benefício na quitação de contas de começo de ano (tributos, matrículas, renovações, etc);
- Invista o dinheiro restante;
- Se for comprar presentes, utilize apenas 20% do benefício;
- Procure não consumir todo o seu direito nas festividades de final de ano.
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