A
quinta-feira, 27 de novembro, será marcada pela concretização de um
triste episódio na história da Itabuna: o encerramento das atividades da
fábrica da Nestlé no município. Com o fechamento da unidade, algo
especulado e em curso desde 2015, Itabuna perde mais de 140 vagas de
empregos, que impactavam significativamente na economia local, já que a
média salarial era acima de R$ 2.000,00 acrescentados de ticket
alimentação e assistência médica para as famílias. A unidade gerava
ainda mais de 1000 postos de trabalho indireto. O prejuízo da saída da
Nestlé só não foi pior graças a atuação do Sindicato dos Trabalhadores
das Indústrias de Alimentação da Bahia, após inúmeras rodadas de
discussões com a empresa e conseguiu viabilizar a possibilidade de
realocação dos trabalhadores na unidade de Feira de Santana. De fato,
essa alternativa minimizou os impactos negativos do fechamento da
unidade. No entanto, afetou diretamente famílias já estabelecidas em
Itabuna. Com a mudança, os trabalhadores transferidos viverão um cenário
de incertezas que demandará prejuízos financeiros, em decorrência do
processo de mudança; e profissionais, em razão da arrepsia da adaptação,
algo inerente a qualquer ser humano.
Aberta há mais de 40 anos, a fábrica da Nestlé em Itabuna chegou a gerar
mais de 600 empregos diretos e já responsável pela produção de Leite
Ninho para todo o Nordeste, fornecia massa de cacau para toda a produção
de chocolate do país. Ao longo do período de funcionamento, a unidade
produziu também os produtos Nescau, Nesquik e Farinha Láctea. Desde 2015
pra cá, é conhecimento de todos que a Nestlé opera um desmonte
funcional da unidade de Itabuna, a fim de justificar a medida findada
nesta sexta-feira (27), além de reduzir gradativamente o quadro
funcional até o estado atual. Uma série de fatos absurdos marcou este
processo de fechamento da fábrica da Nestlé em Itabuna. Entretanto, o
que causou mais indignação por parte de quem tomou conhecimento da
situação foi a inoperância do poder público das diferentes esferas
políticas em relação ao acontecimento. Nem os poderes executivos do
estado e do município conseguiram viabilizar a manutenção do
funcionamento da fábrica. Já os legislativos do estado e do município
fecharam os olhos, sem pautar qualquer discussão que viesse a
representar trabalhadores e familiares afetados pelo encerramento da
fábrica. Sem pautar qualquer discussão pensada em Itabuna, que perde não
apenas a indústria, perde cidadãos que aqui produziam, que aqui
trabalhavam pelo seu desenvolvimento. (Seja Ilimtado)
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