MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 29 de novembro de 2020

Natal deve ser insuficiente para alavancar o comércio economia

 

POLITICA  LIVRE
economia

O Natal deste ano pode ter desempenho insuficiente para alavancar a retomada do comércio ao longo de 2021.

Apesar de ser a principal data para o setor, incertezas em relação à pandemia e sobre como a economia deve reagir ainda devem impactar as vendas de fim de ano, afirmam especialistas.

Além disso, trabalhadores que tiveram o contrato suspenso pela empresa -ação autorizada pelo governo devido ao estado de calamidade pública em função do coronavírus- também receberão um valor menor de 13º neste ano, tendo menos dinheiro em mãos para consumir.

Segundo estimativa do economista do Insper Alexandre Chaia, feita a pedido da Folha, o montante que deixará de ser injetado na economia com o corte ficará em torno de R$ 15 bilhões.

Além disso, R$ 47,9 bilhões em benefícios natalinos de aposentados e pensionistas no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram antecipados, segundo o Ministério da Economia.

Para fazer frente às dificuldades impostas pela crise, o governo autorizou que o 13º benefício deste 0grupo fosse pago nos meses de abril e maio. Normalmente, eles recebem a primeira parcela entre agosto e setembro e a segunda em dezembro.

Deste total, cerca de R$ 24 bilhões de aposentados e pensionistas não serão pagos em dezembro (segunda parcela). Somados, são quase R$ 40 bilhões a menos nas mãos dos brasileiros neste fim de ano.

Com menos recursos para gastar em dezembro e a confiança abalada, o consumidor deve comprar menos presentes de Natal.

“Essa redução deve afetar ainda mais as vendas, mas acredito que as famílias também estarão receosas com relação à evolução da pandemia, a quando a vida volta ao normal e à economia e ficarão receosas na hora de consumir”, diz Chaia.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) estimou que R$ 215 bilhões podem ser injetados na economia com o pagamento do 13º, valor um pouco superior ao projetado em 2019. O cálculo, entretanto, não leva em conta as suspensões de contrato ou o adiantamento.

Ao descontar o valor da segunda parcela já paga aos aposentados e pensionistas e a estimativa de corte no benefício dos trabalhadores, o valor cai para R$ 175 bilhões, redução de 18,6%.

“Temos ainda outros elementos que pioram a percepção do consumidor, como o fim do auxílio emergencial e de medidas do governo para atenuar a crise. Além disso, o desemprego também está crescendo e a renda diminuiu”, diz o economista.

Folhapress

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