Às
vezes, em conversas sobre temas polêmicos, memorizo o tempo aproximado
que eu falei e que meu interlocutor falou. Faço isso discretamente,
olhando em meu relógio de pulso.
É uma maneira interessante de saber o quanto que a outra pessoa valoriza suas opiniões ou se ela tem alguma noção de como pessoas civilizadas se comportam em assuntos que tendem a despertar reações passionais; ou se ela é simplesmente adepta do ditado árabe: “Nós não ouvimos, esperamos nossa vez de falar”.
Dias atrás, tive uma experiência interessante com um jovem sincero e bem-intencionado, embora completamente equivocado, posto que já gravemente infectado pelas narrativas progressistas. Foi quase uma hora de conversa sobre temas como feminismo, drogas e Black Lives Matter.
Eu o ouvia atentamente, sem interrompê-lo, durante o tempo que fosse necessário para ele completar seu raciocínio, o que em média levava de 7 a 10 minutos, o que é uma eternidade em se tratando de uma conversa informal.
Quando chegava minha vez de argumentar, claro que eu era interrompido logo no primeiro minuto. Ao alertá-lo da injusta interrupção, ele se justificava dizendo que foi “obrigado a interromper” porque eu não “havia entendido” seu raciocínio; porque na mente de um progressista, você só entendeu o raciocínio dele se você concordar com ele.
E aqui temos a primeira característica de um esquerdista durante um debate: ele sempre tem uma justificativa estúpida para seu comportamento igualmente estúpido. De modo que, de interrupção em interrupção, ao fim de uma hora, ele falou 45 minutos e eu quinze.
Esse padrão doentio de trato social e cultural é absoluto em todos os esquerdistas, não importando se é um acadêmico, um entrevistador, um político ou um mero militante de rua sevado a pão com mortadela. Varia apenas o grau de articulação, mas nunca a surdez e a arrogância. É um padrão inalterado e inalterável.
Tive a maior paciência com esse jovem porque ele praticamente faz parte da família; e, sinceramente, gosto de ser útil, e sempre aprendo algo de novo ou verifico de perto algumas reações de cunho patológico que já foram catalogadas.
Por exemplo, ele demonstrou uma aversão física ao me ouvir falar sobre armamento civil, meritocracia e valores da cultura ocidental, fazendo caretas como se estivesse tomando injeções de tétano ao redor do umbigo.
No entanto, quando ele defendia ditaduras, romantizava a vida dos bandidos e relativizava os crimes da esquerda, seus olhos brilhavam e dele emanava uma energia como se estivesse descrevendo uma nova Shangri-Lá ou as belezas dos Jardins da Babilônia - cheguei até a me lembrar do alienista de Machado de Assis.
O vírus progressista é devastador para a mente humana, e a partir de determinado estágio de contaminação, a cura torna-se impossível, restando apenas meios paliativos que permitam uma convivência cotidiana e familiar que não se torne insuportavelmente triste.
Marco Frenette
É uma maneira interessante de saber o quanto que a outra pessoa valoriza suas opiniões ou se ela tem alguma noção de como pessoas civilizadas se comportam em assuntos que tendem a despertar reações passionais; ou se ela é simplesmente adepta do ditado árabe: “Nós não ouvimos, esperamos nossa vez de falar”.
Dias atrás, tive uma experiência interessante com um jovem sincero e bem-intencionado, embora completamente equivocado, posto que já gravemente infectado pelas narrativas progressistas. Foi quase uma hora de conversa sobre temas como feminismo, drogas e Black Lives Matter.
Eu o ouvia atentamente, sem interrompê-lo, durante o tempo que fosse necessário para ele completar seu raciocínio, o que em média levava de 7 a 10 minutos, o que é uma eternidade em se tratando de uma conversa informal.
Quando chegava minha vez de argumentar, claro que eu era interrompido logo no primeiro minuto. Ao alertá-lo da injusta interrupção, ele se justificava dizendo que foi “obrigado a interromper” porque eu não “havia entendido” seu raciocínio; porque na mente de um progressista, você só entendeu o raciocínio dele se você concordar com ele.
E aqui temos a primeira característica de um esquerdista durante um debate: ele sempre tem uma justificativa estúpida para seu comportamento igualmente estúpido. De modo que, de interrupção em interrupção, ao fim de uma hora, ele falou 45 minutos e eu quinze.
Esse padrão doentio de trato social e cultural é absoluto em todos os esquerdistas, não importando se é um acadêmico, um entrevistador, um político ou um mero militante de rua sevado a pão com mortadela. Varia apenas o grau de articulação, mas nunca a surdez e a arrogância. É um padrão inalterado e inalterável.
Tive a maior paciência com esse jovem porque ele praticamente faz parte da família; e, sinceramente, gosto de ser útil, e sempre aprendo algo de novo ou verifico de perto algumas reações de cunho patológico que já foram catalogadas.
Por exemplo, ele demonstrou uma aversão física ao me ouvir falar sobre armamento civil, meritocracia e valores da cultura ocidental, fazendo caretas como se estivesse tomando injeções de tétano ao redor do umbigo.
No entanto, quando ele defendia ditaduras, romantizava a vida dos bandidos e relativizava os crimes da esquerda, seus olhos brilhavam e dele emanava uma energia como se estivesse descrevendo uma nova Shangri-Lá ou as belezas dos Jardins da Babilônia - cheguei até a me lembrar do alienista de Machado de Assis.
O vírus progressista é devastador para a mente humana, e a partir de determinado estágio de contaminação, a cura torna-se impossível, restando apenas meios paliativos que permitam uma convivência cotidiana e familiar que não se torne insuportavelmente triste.
Marco Frenette
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