MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 1 de setembro de 2019

Turismo massivo ameaça futuro de destinos paradisíacos

Postado em 31/08/2019 7:22 DIGA BAHIA!
O turismo massivo, em que milhares de turistas se amontoam em um mesmo destino paradisíaco, traz tantos prejuízos quanto benefícios à população local. Enquanto alguns lugares, como Barcelona (na foto), vivem à base do turismo e dependem de turistas para fazer o dinheiro fluir, outros se encontram em crise de identidade e lidando com os problemas deixados pelos visitantes.
Barcelona, na Espanha, é um dos destinos mais visitados na Europa. Por ano, são cerca de 8 milhões de visitantes. Segundo um grupo de pesquisadores da Universidade Oberta da Catalunha, esses turistas ficam, em média, apenas 3 dias na cidade e representam quase 40% da população residente.
Amsterdã, na Holanda, é outro destino turístico europeu muito visitado. O número de turistas chegou a 18 milhões em 2018, e nesse ritmo, podia chegar a 42 milhões até 2030. Para aliviar um pouco o fluxo intenso, as autoridades decidiram que não iam mais anunciar o local como destino turístico.
Com isso, agora a Holanda promove visitas a outras cidades e outras partes do país, deixando os turistas interessados em outras coisas além dos canais e dos agora proibidos passeios pelo distrito da luz vermelha, conhecido por seus bordéis e sex shops.
Veneza, na Itália, é conhecida por lidar há anos com o turismo massivo. Moradores reclamam que o custo de vida é mais alto e que hospedagens temporárias tiram espaço deles. Agora, a cidade decidiu taxar os turistas, estabeleceu um limite máximo de visitantes e estuda fechar alguns lugares, dependendo do ano.
Para a população de Veneza, os cruzeiros são o principal inimigo, uma vez que, depois de aportados, milhares de turistas desembarcam e ficam pouco tempo na cidade, causando tráfego intenso pelas ruas. As companhias de turismo prometeram que iriam mudar a rota das embarcações, mas nada foi feito.
Santorini, na Grécia, é um dos destinos preferidos dos casais. As casas brancas na encosta de uma caldeira encantam visitantes, que passaram dos 5 milhões em 2017. Aqui, cruzeiros também se tornaram uma preocupação local, além de poluição.
O prefeito da ilha, Nikos Zorzos, impôs um limite de turistas que desembarcam dos navios, 8 mil por dia, além de decidirem começar a promover outros destinos além da paradisíaca ilha.
Na América Latina, as ruínas da cidade histórica de Machu Picchu, no Peru, estão em risco, devido ao fluxo constante e intenso de turistas. Com mais de 1 milhão de visitantes em 2018, as autoridades decidiram que a melhor saída era vender ingressos em 2019 e limitar a entrada de pessoas.
Antes, os locais podiam ter até 4 mil pessoas ao mesmo tempo, e agora são vendidos entradas limitadas, passeios de até no máximo 4 horas e não é permitido entrar novamente no local depois.
A praia de Maya Bay, na Tailândia, é o exemplo mais clássica dos prejuízos causados pelo turismo massivo. Depois que o filme ‘A Praia’, estrelado por Leonardo DiCaprio, foi rodado no local, milhares de turistas se amontoaram para conhecer o cenário paradisíaco.
Com isso, o número de lixo deixado pelos visitantes fez com que a ilha colapsasse e as autoridades tivessem que fechar a ilha por tempo indeterminado.
R7

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