A
crise instalada no governo após os incêndios na floresta amazônica,
certamente influenciará o discurso do presidente Bolsonaro na
Organização das Nações Unidas (ONU). Tradicionalmente, o Brasil é o
primeiro país a discursar perante a Assembleia Geral. Será a estreia de
Bolsonaro, que deverá pautar sua fala defendendo nossa soberania sobre a
Amazônia brasileira, principalmente depois das manifestações contrárias
de governos estrangeiros.
Outro tema do discurso deverá ser o meio ambiente, cuja defesa mobilizou milhões de pessoas em todo mundo no apoio à Greve pelo Futuro (Fridays for Future), pedindo ações políticas concretas contra as mudanças climáticas. Manifestantes de cerca de 150 países saíram às ruas para pressionar os líderes políticos mundiais antes da Cúpula de Ações Climáticas da ONU, em Nova York, seguida da sessão inaugural da Assembleia Geral da entidade. Só na Alemanha foram 1,4 milhões; 1 milhão em Nova York, outro milhão em Londres e 350 mil na Austrália. No Brasil também houve manifestações sobre o tema.
A polêmica em torno da preservação da Amazônia ganhou força este ano por causa da celeuma entre Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron, cujo governo vive praticamente em greve. A Amazônia é cobiçada por todos os países ricos do mundo devido às suas riquezas. Em 1989, a devastação atingiu uma área de 343 mil quilômetros quadrados, ou seja, 9,3% de sua floresta. Desde então, ecologistas do mundo inteiro acusam o Brasil de promover uma tragédia que compromete o ar que todos nós respiramos.
Sem dúvida que nisso tudo há certo exagero. A Amazônia abriga quase um terço das espécies vivas do planeta, estimada em mais de 2 milhões. É, portanto, um santuário que se deve preservar. Além disso, 25% de todas as drogas da medicina moderna contêm substâncias extraídas de suas florestas. Dizem que a cura do câncer está lá. Só isso basta para condenar o desmatamento indiscriminado e os incêndios provocados pelos invasores.
Se os índios que ali vivem promoverem uma revolta armada (mesmo com flechas), o mundo inteiro apoiará, pois isso significa uma maneira de contestar nossa soberania sobre a área. Nunca é demais lembrar que por ocasião da reunião dos índios com a FUNAI para avaliar o projeto da hidroelétrica de Kararaó, no Primeiro Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira, a 740 quilômetros de Belém, os caiapós, liderados pela índia Tuíra, avançaram contra o diretor da Eletronorte gritando:
“Não precisamos de energia, vocês querem tomar a terra do índio, não interessa o progresso”.
Em seguida, encostou um facão no rosto do diretor da Eletronorte que, lívido, não pronunciou uma única palavra. A vitória de Bolsonaro trouxe uma expectativa de mudança. Sua eleição fez o Brasil mergulhar num alegre e festivo clima de esperança, pois o que se esperava - e ainda se espera -, é que o presidente passe a limpo a vida do país, inclusive da Amazônia, algo jamais tentado em sua história.
A ONU é uma das plataformas mais importantes para se projetar o Brasil no exterior. Praticamente todos os chefes de governo estarão lá. Mesmo que Bolsonaro - em face de seu estado de saúde -, não tenha encontros bilaterais às margens da sessão, esse é o momento para melhorar nossas relações com o mundo, inclusive com o presidente francês.
É também uma oportunidade para se pedir um assento permanente no Conselho de Segurança do órgão, prometida desde 1945 pelo presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, e que até hoje conta com apenas cinco países: Estados Unidos, Rússia (União Soviética à época), França, Reino Unido e China”.
Outro tema do discurso deverá ser o meio ambiente, cuja defesa mobilizou milhões de pessoas em todo mundo no apoio à Greve pelo Futuro (Fridays for Future), pedindo ações políticas concretas contra as mudanças climáticas. Manifestantes de cerca de 150 países saíram às ruas para pressionar os líderes políticos mundiais antes da Cúpula de Ações Climáticas da ONU, em Nova York, seguida da sessão inaugural da Assembleia Geral da entidade. Só na Alemanha foram 1,4 milhões; 1 milhão em Nova York, outro milhão em Londres e 350 mil na Austrália. No Brasil também houve manifestações sobre o tema.
A polêmica em torno da preservação da Amazônia ganhou força este ano por causa da celeuma entre Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron, cujo governo vive praticamente em greve. A Amazônia é cobiçada por todos os países ricos do mundo devido às suas riquezas. Em 1989, a devastação atingiu uma área de 343 mil quilômetros quadrados, ou seja, 9,3% de sua floresta. Desde então, ecologistas do mundo inteiro acusam o Brasil de promover uma tragédia que compromete o ar que todos nós respiramos.
Sem dúvida que nisso tudo há certo exagero. A Amazônia abriga quase um terço das espécies vivas do planeta, estimada em mais de 2 milhões. É, portanto, um santuário que se deve preservar. Além disso, 25% de todas as drogas da medicina moderna contêm substâncias extraídas de suas florestas. Dizem que a cura do câncer está lá. Só isso basta para condenar o desmatamento indiscriminado e os incêndios provocados pelos invasores.
Se os índios que ali vivem promoverem uma revolta armada (mesmo com flechas), o mundo inteiro apoiará, pois isso significa uma maneira de contestar nossa soberania sobre a área. Nunca é demais lembrar que por ocasião da reunião dos índios com a FUNAI para avaliar o projeto da hidroelétrica de Kararaó, no Primeiro Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira, a 740 quilômetros de Belém, os caiapós, liderados pela índia Tuíra, avançaram contra o diretor da Eletronorte gritando:
“Não precisamos de energia, vocês querem tomar a terra do índio, não interessa o progresso”.
Em seguida, encostou um facão no rosto do diretor da Eletronorte que, lívido, não pronunciou uma única palavra. A vitória de Bolsonaro trouxe uma expectativa de mudança. Sua eleição fez o Brasil mergulhar num alegre e festivo clima de esperança, pois o que se esperava - e ainda se espera -, é que o presidente passe a limpo a vida do país, inclusive da Amazônia, algo jamais tentado em sua história.
A ONU é uma das plataformas mais importantes para se projetar o Brasil no exterior. Praticamente todos os chefes de governo estarão lá. Mesmo que Bolsonaro - em face de seu estado de saúde -, não tenha encontros bilaterais às margens da sessão, esse é o momento para melhorar nossas relações com o mundo, inclusive com o presidente francês.
É também uma oportunidade para se pedir um assento permanente no Conselho de Segurança do órgão, prometida desde 1945 pelo presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, e que até hoje conta com apenas cinco países: Estados Unidos, Rússia (União Soviética à época), França, Reino Unido e China”.
Luiz Holanda
Advogado e professor universitário
Nenhum comentário:
Postar um comentário