Quão hábil precisa ser um homem para percorrer o mundo com suas mentiras
climáticas e, como consequência, receber o servilismo de toda a
imprensa mundial? Artigo do administrador Juliano Oliveira para o Instituto Liberal:
Estabelecer padrões de comportamento ecologicamente corretos ou, caso
o leitor queira fazer uso de outra expressão, ambientalmente saudáveis,
sempre foi uma meta dos aquecimentistas. Os engenheiros sociais,
afinal, não irão descansar enquanto houver um só indivíduo que não
abrace a causa ambiental e se recuse a adotar as práticas
anticapitalistas que, segundo os profetas do apocalipse, são a única
saída para um mundo em que os ecossistemas estão se colapsando e pessoas
estão morrendo e sofrendo. Estas foram as palavras da mais nova
profetisa do ecoterrorismo, Greta Thunberg, em discurso proferido na
ONU, quando, com olhos esbravejados, direcionou todo o seu ataque ao que
chama de mundo de conto de fadas capitalista.
Como não há limites que possam interditar a tara esquerdista pelo
domínio da vontade alheia, jornalistas engravatados e intelectuais
ativistas, barbados, os “adultescentes” de que fala o economista Rodrigo
Constantino, estão eufóricos com uma nova aliada nos seus esforços de
conquistar as mentes e corações ainda não convencidos do derretimento
das calotas polares e da destruição iminente.
Não lhes ocorre que a teoria do aquecimento global apocalíptico é
apenas uma farsa cujo objetivo é a criação de uma liderança mundial nos
moldes soviéticos. Divago? Talvez para a maioria dos letrados que se
inspiraram em alguém como Al Gore. O multimilionário que fez sua fortuna
através das políticas verdes. Em artigo publicado no Instituto Mises, o
economista Leandro Roque chama a atenção, temperada com uma boa dose de
ironia, para o fato de que, apesar de contrariar os princípios de livre
mercado na busca pelo próprio enriquecimento, Gore pode ser considerado
um empreendedor. Afinal, quão hábil precisa ser um homem para percorrer
o mundo com suas mentiras climáticas e, como consequência, receber o
servilismo de toda a imprensa mundial?
Voltando à questão da criação de um estado supranacional nos moldes
soviéticos, considero oportuno relembrar o episódio em que o democrata
Barack Obama, ainda em 2009, prometeu uma ajuda de aproximados 30
bilhões de dólares a todos os países que apoiassem a causa climática em
detrimento de seu crescimento econômico. Na prática, buscava-se a
criação de um arranjo em que governos de países ricos utilizavam a
espoliação de seus próprios trabalhadores para financiar uma cruzada
ambientalista sem qualquer preocupação com os países subdesenvolvidos e o
padrão de vida de sua população. O objetivo pérfido era controlar os
países pobres por meio de uma dependência econômica. Apenas a título de
exemplo, as ilhas Maldivas estavam entre os mais entusiasmados países
com a possibilidade de receber uma “assistência climática”.
Com a exposição da garota sueca, a ativista que vociferou que deveria
estar na escola, do outro lado do oceano, e não discursando na ONU (e
este é um desejo de todos o que querem se ver livres de tanta arrogância
e discursos vazios sobre cientificismo), os engenheiros sociais,
adeptos da teoria positivista de Augusto Comte, tomaram mais uma lufada
de ar para, a plenos pulmões, esbravejar com seus dedos em riste contra
os insensíveis capitalistas que estão arquitetando a destruição do mundo
apenas para manter seus lucros intocados.
Entendo que os jovens sejam facilmente seduzidos por retóricas
eivadas de emoções e sensacionalismo. É algo típico do espírito
aventureiro e revolucionário. Quanto aos “adultescentes positivistas”,
no entanto, prefiro concordar com Ludwig von Mises quando disse: “Comte
pode ser desculpado, já que era louco no completo sentido com que a
patologia emprega este vocábulo. Mas como desculpar os seus seguidores?”
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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