MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Eletrobrás vai acabar se não for privatizada, diz o assustador Guedes


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Charge do Nef (Jornal de Brasília)
Pedro do Coutto
Ao comparecer no final da tarde de quarta-feira na Comissão Mista do Congresso, o ministro Paulo Guedes afirmou que a Eletrobrás estará condenada a desaparecer se não for privatizada e obtiver recursos para investimentos. O titular da Economia foi convidado para fazer exposição sobre o projeto da reforma tributária. Mas tocou em vários pontos da política econômica, começando pela Eletrobrás.
A privatização da holding da energia, segundo o senador Davi Alcolumbre, está encontrando resistências para ser aprovada, e contra a privatização já se posicionaram 48 senadores.
INVESTIMENTOS – Paulo Guedes frisou também que os investimento programados pela Eletrobrás para este ano é de 3,5 bilhões de reais, recursos muito abaixo daqueles que devem ser feitos por quem assumir sua administração. Temos de considerar que, privatizada, a Eletrobras estará apta a receber de 10 a 30 bilhões por parte da empresa ou das empresas que vierem assumir a direção da política de energia do país.
Guedes disse que a Eletrobrás é responsável por 30% da energia no Brasil. Na minha opinião, cometeu um engano. Somente Furnas produz 20% e por suas linhas anexadas a Itaipu distribui outros 20 milhões de kw. Mas vamos em frente. Por esse motivo vamos acelerar sua privatização.
INCIPIENTE – A reportagem de Marcelo Correia, Manoel Ventura e Eliane Oliveira, em O Globo, destacou amplamente a palestra de Guedes na Comissão Mista. Os repórteres acentuaram que o relator da proposta de reforma, deputado Agnaldo Ribeiro considera ainda incipiente a proposição no Congresso.
Inclusive, a presença do ministro da Economia terminou criando forte reação quando disse que os economistas lotados na Comissão de Orçamento são escravos de constituintes defuntos que elaboraram a Constituição de 1988.
A meu ver, está faltando uma projeção capaz de refletir o valor patrimonial e financeiro da holding de energia. Esse cálculo ainda está para ser feito. E o Ministério de Minas e Energia, matéria de Rafael Bitencourt, confirmou que tem de haver uma avaliação de riscos e custos para o novo modelo.
OUTRO ASSUNTO – A pesquisa do IBOPE sobre o governo Bolsonaro, matéria publicada pelo O Globo, concluiu levantamento apontando que Bolsonaro é aprovado por 31% da opinião pública e reprovado por 34%.
Diferença pequena, sobretudo levando-se em conta que geralmente os presidentes quando iniciam seus mandatos enfrentam uma realidade entre os compromissos assumidos na campanha e a transformação em projetos concretos baseados nesses compromissos.
A maior diferença registrou-se quanto à maneira de governar, foi de 50 a 44%. No que se refere a perspectivas para o mandato no campo positivo registrou 37% contra 31%. A queda foi puxada pelas mulheres. Para elas, a perspectiva de o restante do governo ser ótimo ou bom caiu de 34% para 30% entre junho e setembro, enquanto entre os homens permaneceu em 44%.
REDUÇÃO – Este resultado poderia ser interpretado de maneira positiva. Entretanto, representa uma redução relativamente à pesquisa anterior do mesmo IBOPE. É que o índice positivo declinou nos últimos três meses, enquanto o índice contrário subiu no mesmo período.
Em matéria de pesquisa, o importante é interpretar as tendências. A opinião pública está aguardando a concretização de projetos de governo.

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