O desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é
alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (24). O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) expediu sete mandados de busca e
apreensão. A ação da PF passa pela casa (Gávea) e pelo gabinete (Centro)
de Darlan, além de um escritório na Barra da Tijuca e um em Resende,
todos no RJ. Darlan é acusado de usar plantões judiciários para vender
habeas corpus e liberar os presos. Um delator disse à Justiça que um
preso disse ter pago R$ 50 mil a um intermediário. Inicialmente, segundo
o delator, o lance foi de R$ 120 mil, mas caiu para menos da metade
dividido em duas parcelas. À época, o desembargador se defendeu
afirmando que o sigilo bancário estava aberto. “O Coaf (Conselho de
Controle de Atividades Financeiras) pode dizer se recebi algumas
coisas”, disse. Darlan explicou, também, que se voluntariava aos
plantões, uma vez que cada noite trabalhada correspondia a dois dias de
férias. No início do mês, Darlan mandou soltar os ex-governadores
Anthony Garotinho e Rosinha Matheus , menos de 24 horas depois de o
casal ser preso. O casal foi preso e denunciado pelo Ministério Público
Estadual (MPE), acusado de receber propinas em dois contratos para
construção de casas populares em Campos dos Goytacazes. As planilhas
foram entregues pelos delatores da Odebrecht. Na decisão, Darlan cita
que o juízo de primeira instância recebeu a denúncia contra Garotinho e
Rosinha. (G1)
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