Pedro do Coutto
A direção de Furnas, segunda maior estatal do país, apresentou como êxito a demissão de 1.041 empregados contratados e terceirizados, sem levar em conta aqueles que são competentes e assim capazes de realizar um bom desempenho. Não analisou as qualidades dos que trabalharam e que continuam trabalhando, no final de seus contratos cortados para reduzir despesas.
O comando da estatal até hoje não divulgou quais as metas que estão projetadas para este ano, tampouco as iniciativas que deveriam fazer parte do elenco desejado pelo governo Jair Bolsonaro nos próximos quatro anos.
NÃO HÁ METAS – Mas quais são essas metas a final? Não se conhecem quais sejam. Reportagem de Polina Bretas, Bruno Rosa e Ramona Ordonez, edição de O Globo de sexta-feira, destaca nitidamente o quadro que colide com a própria economia, de vez que, além de esvaziar uma parcela substancial de mão de obra, influi também para reduzir as receitas do INSS e dos depósitos nas contas do FGTS.
A contradição a que me refiro no título deste artigo lança uma sombra no compromisso essencial que deveria ser assumido, não só no governo Jair Bolsonaro, como por todos os governos. Afinal, as políticas públicas têm de ir ao encontro dos seres humanos, não das máquinas ou das teorias que na prática nem sempre confirmam as intenções. Isso quando existem intenções claras.
FINALIDADE – O objetivo de uma empresa que produz e transmite energia elétrica deve ser voltado para o aumento da produção, sem o que nenhuma economia se recupera. A produção e transmissão de energia são a razão da existência da estatal.
Foi criada pelo presidente Juscelino Kubitschek para dar suporte ao programa de industrialização brasileira. Esta é a característica que deve ser essencial para os administradores públicos. A necessidade de energia, inclusive, cresce com o aumento da população. Basta ver qual era a população na década de 60 e qual a de hoje. Quanto maior for a produção, a tendência é que serão menores os preços cobrados, abrindo perspectiva de enfrentar por etapas o gravíssimo problema do desemprego.
GUEDES IMPLACÁVEL – O corte das despesas com mão de obra significa um ponto comum que une o pensamento de Paulo Guedes com a atuação da diretoria de Furnas. O combate ao desemprego é fundamental. Não só por atingir em cheio, como disse há pouco, as receitas do INSS e do FGTS, contribui diretamente com a capacidade de consumo.
E quanto menor for esta capacidade menor também será também a arrecadação de impostos. A administração de Furnas provavelmente não levou em consideração esses pontos iniciais que focalizo.
Acredito que levar o raciocínio lógico para esta direção significará perda de tempo. As demissões vão esvaziar de forma acentuada o quadro de Furnas. No seu lugar ingressam o desânimo e o desinteresse. Porque os que ficam, como é natural, temem hoje as demissões que poderão vir amanhã. Sem entusiasmo construtivo, nada poderá dar certo.
A direção de Furnas, segunda maior estatal do país, apresentou como êxito a demissão de 1.041 empregados contratados e terceirizados, sem levar em conta aqueles que são competentes e assim capazes de realizar um bom desempenho. Não analisou as qualidades dos que trabalharam e que continuam trabalhando, no final de seus contratos cortados para reduzir despesas.
O comando da estatal até hoje não divulgou quais as metas que estão projetadas para este ano, tampouco as iniciativas que deveriam fazer parte do elenco desejado pelo governo Jair Bolsonaro nos próximos quatro anos.
NÃO HÁ METAS – Mas quais são essas metas a final? Não se conhecem quais sejam. Reportagem de Polina Bretas, Bruno Rosa e Ramona Ordonez, edição de O Globo de sexta-feira, destaca nitidamente o quadro que colide com a própria economia, de vez que, além de esvaziar uma parcela substancial de mão de obra, influi também para reduzir as receitas do INSS e dos depósitos nas contas do FGTS.
A contradição a que me refiro no título deste artigo lança uma sombra no compromisso essencial que deveria ser assumido, não só no governo Jair Bolsonaro, como por todos os governos. Afinal, as políticas públicas têm de ir ao encontro dos seres humanos, não das máquinas ou das teorias que na prática nem sempre confirmam as intenções. Isso quando existem intenções claras.
FINALIDADE – O objetivo de uma empresa que produz e transmite energia elétrica deve ser voltado para o aumento da produção, sem o que nenhuma economia se recupera. A produção e transmissão de energia são a razão da existência da estatal.
Foi criada pelo presidente Juscelino Kubitschek para dar suporte ao programa de industrialização brasileira. Esta é a característica que deve ser essencial para os administradores públicos. A necessidade de energia, inclusive, cresce com o aumento da população. Basta ver qual era a população na década de 60 e qual a de hoje. Quanto maior for a produção, a tendência é que serão menores os preços cobrados, abrindo perspectiva de enfrentar por etapas o gravíssimo problema do desemprego.
GUEDES IMPLACÁVEL – O corte das despesas com mão de obra significa um ponto comum que une o pensamento de Paulo Guedes com a atuação da diretoria de Furnas. O combate ao desemprego é fundamental. Não só por atingir em cheio, como disse há pouco, as receitas do INSS e do FGTS, contribui diretamente com a capacidade de consumo.
E quanto menor for esta capacidade menor também será também a arrecadação de impostos. A administração de Furnas provavelmente não levou em consideração esses pontos iniciais que focalizo.
Acredito que levar o raciocínio lógico para esta direção significará perda de tempo. As demissões vão esvaziar de forma acentuada o quadro de Furnas. No seu lugar ingressam o desânimo e o desinteresse. Porque os que ficam, como é natural, temem hoje as demissões que poderão vir amanhã. Sem entusiasmo construtivo, nada poderá dar certo.
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