Os salões automotivos estão perdendo força no mundo todo. Depois de uma grande profusão de mostras, muitos fabricantes têm adotado estratégias diferentes para divulgar seus produtos.
Dentre as razões, o custo elevado e a grande competitividade por visibilidade. Por outro lado, eventos mais curtos e sem características de uma feira institucional tornam-se palco de apresentações de modelos conceituais ou supercarros, como o Festival de Velocidade de Goodwood e o aristocrático Concours d’Elegance de Peeble Beach, que aconteceu na semana passada na Califórnia (EUA).

O encontro é famoso por seus leilões milionários, onde são arrematadas raridades destinadas aos mais exclusivos colecionadores. E diante de um público tão seleto, lançar um supercarro ou apresentar um conceito é mais inteligente do que fazer isso numa feira com centenas de modelos mundanos.
A BMW, como o leitor conferiu na edição passada, revelou a nova geração do Z4, enquanto a Audi, Mercedes-Benz e Infiniti apresentaram estudos, como o magnífico Vision EQ Silver Arrow Concept, que remete aos lendários Flechas de Prata, que voavam baixo nos anos pré-guerra.
Ferrari e Lamborghini aproveitaram os gordos talões de cheque que perambulavam pelos gramados de Peeble Beach para garantir reservas das novíssimas 488 Pista Spider (derivação aberta da versão nervosa da GTB) e Aventador SVJ (edição limitada em 900 unidades, que reedita a sigla de alto desempenho da marca do touro).
E, por fim, a Bugatti revelou o Divo. O novo supercarro de 1.500 cv e máxima de 380 km/h, derivado do Chiron, com apenas 40 unidades a serem produzidas, tem custo de US$ 5,8 milhões (R$ 24,34 milhões).
Isso sim é definição de público-alvo!