Os professores da rede municipal de
ensino de Itabuna se reuniram na manhã desta terça, 25, no auditório do
Sindicato do Magistério – SIMPI para analisarem e votarem a proposta de
reajuste salarial de 2,8% de reajuste, parcelado em duas vezes,
apresentada pela Secretária de Educação na última sexta, 21. A categoria
do magistério municipal rejeitou a proposta do Governo e pleiteia uma
recomposição salarial de 6,81%, ainda que parcelado para todos os
níveis, conforme estipulado pelo Ministério da Educação (MEC).
Além do reajuste salarial, a classe
reivindica o pagamento imediato dos 157 professores que se encontram em
situação de desvio de função, cujos salários estão atrasados desde o mês
de agosto. Segundo a direção sindical, a Secretária precisa incluir
novamente estes profissionais à folha do FUNDEB com urgência. “Nossa
luta não é só por reajuste, mas é pelo respeito aos nossos direitos. Já
existem colegas passando dificuldades porque as contas não esperam”,
afirma a Presidente do SIMPI, Profa. Maria do Carmo Oliveira (Carminha)…
De acordo com a assessoria de
comunicação do Simpi, o departamento jurídico do sindicato afirma que o
plano de carreira garante aos professores o direito à linearidade, ou
seja, o reajuste concedido aos professores de nível I deve ser estendido
aos professores de níveis II e III. Dessa forma, a maioria dos
professores votou na manutenção da luta pelos 6,81%, dessa vez,
parcelado em três vezes, sendo 2% retroativos a julho e agosto; 2%
retroativos a setembro e outubro e 2,81 a serem pagos em dezembro.
“Pensando justamente em viabilizar o pagamento, a consultoria jurídica
propôs o reajuste salarial dos 6,81% parcelado. A classe considerou a
proposta de 2,8% do Governo absurda, ainda mais em um município que
gasta mais de 2 milhões de reais com empresa de lixo e 1,5 milhão com
cargos comissionados”, declara Carminha.
Ainda de acordo com o sindicato, diante
da rejeição da proposta, a categoria entra no seu 23º dia de greve,
tendo 98% de adesão. A diretoria sindical irá oficializar o governo da
decisão e aguardará o convite do Governo para uma nova rodada de
negociação. “Atualmente, a rede municipal conta com exatos 18.179 alunos
matriculados, os quais, infelizmente, continuarão sem aula até que o
Prefeito nos apresente uma proposta viável. Com atrasos salariais e
reajustes inexpressivos é difícil avançarmos nas negociações”, conclui a
líder sindical.
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