MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Ibope afasta Lula e Datafolha vai medir o reflexo do punhal contra Bolsonaro


Resultado de imagem para BOLSONARO ESFAQUEADO
Radicalização da política acabou vitimando o radicalizador
Pedro do Coutto
A pesquisa do Ibope, publicada ontem pelo O Globo e pelo Estado de São Paulo, apresentou os primeiros reflexos da passagem dos candidatos pelo horário gratuito do rádio e da televisão. O Datafolha, conforme anunciou a Folha de São Paulo, publicará sua pesquisa na próxima segunda-feira. Assim, então, já se poderá medir o reflexo das intenções de voto do episódio que culminou com o ataque a punhal contra Jair Bolsonaro. Aí então a opinião pública poderá sentir qual o reflexo em matéria de intenções de voto na disputa pelo Palácio do Planalto.
Vamos por partes. O Ibope revelou que Bolsonaro subiu de 20 para 22% na preferência popular. Marina Silva manteve os 12% da pesquisa anterior, mas Ciro Gomes avançou de 9 para 12 pontos. Alckmin subiu do 7º para o 9º andar. Fernando Haddad marcou 6 pontos. Os brancos e nulos começaram a desabar: eram 29 agora reúnem 21%.
BRANCOS E NULOS – Como escrevi em artigo recente, à medida em que a campanha esquenta, diminui a faixa dos votos nulos e brancos. Vai cair ainda mais ao longo dos próximos dias.               Alvaro Dias conservou os 3 pontos; Amoedo subiu de 2 para 3%, Meirelles avançou do 1º para o segundo andar. Os demais candidatos apresentaram preferências que vão de zero a 1% das intenções de voto.
Verifica-se assim que a redução dos votos nulos e brancos foi dividida entre Bolsonaro, Ciro Gomes e Alckmin. Marina Silva não conseguiu arrebatar nenhuma parcela dos eleitores indecisos. O avanço mais expressivo na minha opinião foi de Ciro Gomes porque subiu de 9 para 12 pontos. Portanto, ele cresceu quase 40% em relação a si mesmo, percentual não alcançado pelos outros concorrentes, além dele.
Ainda existem muitos eleitores a serem conquistados. Há tempo. Estamos a exatamente um mês das urnas de outubro. A pesquisa de voto foi analisada por Marco Grillo e Miguel Caballero, em O Globo, e por Daniel Brumatti, em O Estado de São Paulo. Foram dois belos trabalhos bastante claros e objetivos.
DATAFOLHA – Tendo anunciado a divulgação de sua nova pesquisa na edição de segunda-feira da Folha, o Instituto dirigido por Mauro Paulino terá tempo de oferecer à opinião pública um quadro bastante amplo de intenções de voto, já incorporando os reflexos da faca que em Juiz de Fora se voltou contra o candidato Jair Bolsonaro.
A vítima sempre acarreta um efeito político que não pode ser ignorado. Em 1930 foi o assassinato do governador da Paraiba, João Pessoa, companheiro de chapa de Getúlio Vargas na eleição daquele ano. Em 1954 foi o assassinato do Major Rubem Vaz que retornava de um comício ao lado de Carlos Lacerda. O sangue ao longo do tempo resultado da violência alucinada pode mudar o destino de um lance político.
Não sei a consequência junto a opinião pública do atentado a Bolsonaro, mas acredito que não será muito profunda. Vamos esperar pelo Datafolha na segunda-feira.
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