O Jornal Nacional da TV Globo, na noite desta segunda-feira, dia 10, divulgou a nova pesquisa Datafolha para a disputa pela Presidência da República. É a primeira apuração divulgada depois do atentado à faca contra Jair Bolsonaro (PSL). A pesquisa mostra que estão em alta o candidato do PSL seguido agora no segundo lugar por Ciro Gomes (PDT), com Marina Silva (Rede) caindo para terceiro e Geraldo Alckmin na quarta colocação.
A pesquisa ouviu 2.820 eleitores nos 26 estados e no Distrito Federal nesta segunda-feira. O resultado indica que Bolsonaro chegou a 24% das intenções de voto, com crescimento de dois pontos percentuais em relação ao levantamento anterior do instituto de pesquisas, publicado em 22 de agosto.
O resultado é surpreendente, porque se esperava que Bolsonaro subisse bem mais.
CIRO SUBINDO – O resultado mostra que Ciro Gomes subiu três pontos chegando a 13% da preferência, com viés de alta, enquanto Marina Silva caía de 16% para 11%, tecnicamente ainda empatada na margem de erro de dois pontos percentuais para cima, e embolada com Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%, e Fernando Haddad (PT), com 9%.
Dos demais, Alvaro Dias (Podemos), aparece com 3%; João Amoêdo (Novo), com 3%; Henrique Meirelles (MDB), com 3%; Vera Lúcia (PSTU), Cabo Daciolo (Patriota), Guilherme Boulos (PSOL), 1% cada; João Goulart Filho (PPL) e José Maria Eymael (DC), não pontuaram. Eleitores que responderam que pretendem votar em branco ou nulo são 15%, enquanto indecisos somam 7%.
No levantamento anterior, Ciro tinha 10%; Marina, 16%; Alckmin, 9%; Dias e Haddad, 4% cada; Amoêdo e Meirelles, 2% cada; Vera, Daciolo, Boulos, Goulart Filho e Eymael, 1% cada. Brancos e nulos eram 22% e indecisos, 6%.
REJEIÇÃO – Surpreendentemente, a rejeição ao deputado federal e candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) subiu de 39% para 43% em nova pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10) pelo Datafolha. Foi o primeiro levantamento realizado após o início do horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio.
Veja o índice de rejeição dos candidatos: Jair Bolsonaro (PSL) 43%, Marina Silva (Rede) 29%, Geraldo Alckmin (PSDB) 24%, Fernando Haddad (PT), 22% Ciro Gomes (PDT) 20%, Cabo Daciolo (Patriota) 19%, Vera (PSTU) 19%, Eymael (DC) 18%, Guilherme Boulos (PSOL) 17%, Henrique Meirelles (MDB) 17%, João Goulart Filho (PPL) 15%, João Amoêdo (Novo) 15% e Alvaro Dias (Podemos) 14%.
Em tradução simultânea, a rejeição a Bolsonaro cresceu mais do que o apoio a ele. Isso significa que ainda pode estar perdendo no segundo turno para os principais concorrentes.
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IBOPE CONFIRMA MARINA CAINDO
Daniel Bramatti / Estadão
Ao menos em São Paulo, o ataque ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) não o beneficiou eleitoralmente. Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo realizada apenas com eleitores paulistas indica que o deputado e capitão da reserva tem 23% das intenções de voto nas eleições 2018, uma oscilação de apenas um ponto porcentual para cima desde o dia 20 de agosto, data da divulgação do levantamento anterior do Ibope.
Outros candidatos também tiveram oscilação positiva, dentro da margem de erro de três pontos porcentuais: Geraldo Alckmin (PSDB) foi de 15% a 18%, Ciro Gomes (PDT) de 8% a 11% e Fernando Haddad (PT) de 5% para 7%. Com isso, Alckmin reduziu sua distância em relação a Bolsonaro de sete para cinco pontos porcentuais. Com a margem de erro, os dois estão em situação de empate técnico – embora seja muito maior a probabilidade de o candidato do PSL estar na frente. A candidata da Rede, Marina Silva, andou na contramão dos adversários: sua taxa de intenção de votos entre os paulistas oscilou de 10% para 8%.
NULOS E BRANCOS – Houve redução significativa na parcela disposta a votar nulo ou em branco, de 20% para 15%. A taxa de indecisos variou de 9% para 6%.
João Amoêdo (Novo) passou de 2% para 5%. Ele é seguido por Henrique Meirelles (MDB), que passou de 1% para 3%, Alvaro Dias (Podemos, 2%), Guilherme Boulos (PSOL, 1%), Cabo Daciolo (Patriota, 1%) e João Goulart Filho (PPL, 1%). Os demais candidatos não pontuaram na pesquisa.
Bolsonaro foi esfaqueado quando participava de um evento de rua na última quinta-feira, em Juiz de Fora (MG). Seus filhos e porta-vozes afirmaram que isso faria com que as chances de vitória aumentassem.
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