Espécie ganhou fama com filme Rio; outras aves do país estão na lista
A organização ambiental BirdLife
Internacional divulgou um estudo em que revela que oito espécies de
pássaros estão extintas ou com alta probabilidade de terem sido extintas
da natureza. Quatro dessas aves são brasileiras: a ararinha-azul
(Cyanopsitta spixii), o limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi), o
trepador-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti) e o
caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum) – que é uma coruja.
A ararinha azul ganhou fama
internacional com o filme Rio, dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha.
Nele, a ararinha Blu vivia feliz nos Estados Unidos até descobrir a
liberdade e conhecer o Rio de Janeiro. A história romantiza a ave, mas
também mostra o quanto é rara. Com a declaração de extinção, exemplares
da ararinha-azul podem ser encontrados apenas com criadores. A BirdLife
estima a existência de 60 a 80 delas criadas em cativeiro.
Para o estudo, foram analisadas 51
espécies apontadas com risco de extinção a partir dos seguintes fatores:
intensidade das ameaças e confiabilidade dos registros.
Sul-americanas
Das oito espécies analisadas, cinco
vivem no continente sul-americano. Segundo especialistas, a principal
causa das extinções está associada às elevadas taxas de desmatamento.
O estudo indica que quatro espécies
devem ser reclassificadas como “criticamente ameaçadas”: Lorikeet
Charmosyna diadema, da Nova Caledônia; Abibe Vanellus macropterus;
Glaucidium mooreorum; e a Glaucous Macaw Anodorhynchus glaucus, uma ave
brasileira.
O cientista-chefe da BirdLife e
principal autor do estudo, Stuart Butchart, afirmou que há uma tendência
de aumento de extinções nos continentes, impulsionada principalmente
pela “perda de habitat, degradação da agricultura e extração
insustentáveis”.
Ararinha-azul
É uma espécie de aproximadamente 57
centímetros com plumagem em tons de azul e que era encontrada na Bahia,
principalmente nos municípios de Juazeiro e Curacá. Também há
informações não confirmadas da existência dela em Pernambuco e no Piauí.
Há dados segundo os quais as últimas
espécies vivendo em liberdade foram identificadas até 2001. Porém,
especialistas informam que é um tipo de ave com “perigo de extinção”.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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