MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Henrique Meirelles tenta achar equilíbrio com apoio do chamado “Centrinho”


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Charge do Nani (nanihumor.com)
Rodolfo Costa
Correio Braziliense

O MDB segue procurando se equilibrar na tentativa de atrair apoio para a pré-candidatura de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda. Após o fracasso em atrair o Centrão — bloco formado por PP, DEM, PRB, PR e Solidariedade —, o presidenciável está atrás de partidos do chamado Centrinho. O grupo é formado por PRTB, Podemos, PSC, PRP, Patriotas, PTC, DC (antigo PSDC), Avante e Pros, que, juntos, detêm 46 deputados e 12 senadores no Congresso. O problema é que nem mesmo lideranças das nove legendas nanicas sinalizam disposição de se coligar à campanha emedebista.
A restrição a uma aliança com Meirelles e o MDB se deve ao temor de naufragar em uma candidatura que, inevitavelmente, será vinculada, pelos opositores, ao presidente Michel Temer.
REJEIÇÃO A TEMER – A aprovação de apenas 4% do governo joga contra as perspectivas dos partidos em alçar voos mais altos na corrida eleitoral, caso se unam à campanha emedebista. Diante disso, Álvaro Dias, do Podemos, e Paulo Rabello de Castro, do PSC, seguem sendo os mais cotados para liderar o “centrinho”.
O grupo composto pelos nove partidos decidiu nesta semana se unir para apoiar um único candidato à Presidência da República, como o centrão, que se uniu ao PSDB, de Geraldo Alckmin. Com isso, o centrinho formou a chamada Aliança Patriótica Democrática Cristã. Juntas, as legendas somam cerca de 1 minuto e 52 segundos de tempo de televisão, calculam líderes.
EVANGELISMO – Os quase dois minutos de horário eleitoral gratuito do Centrinho agradam a Meirelles. Mas é o público cristão que o emedebista está mirando. Nos últimos meses, o presidenciável estreitou laços com a comunidade evangélica. Foi a cultos e alinhou um discurso cristão mirando os religiosos.
Nas últimas semanas, inclusive, tentou atrair apoio do PRB, presidido pelo ex-ministro da Indústria Marcos Pereira, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. O apoio da legenda a Alckmin frustrou os planos do economista, que decidiu, então, mirar o centrinho.
As legendas do bloquinho reconhecem os feitos de Meirelles pela economia no governo Temer e nas duas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi presidente do Banco Central. Mas estão inclinadas a negar apoio.
OUTRO PERFIL – Um interlocutor do PSC afirma que os partidos procuram um perfil mais político e carismático para capitanear a aliança cristã. “A ideia é que o nosso candidato seja um político que tenha credibilidade e empatia. Meirelles é um técnico e não é carismático. Poderia ser o caso de ser um vice”, advertiu.
No centrinho, a análise é de que Meirelles mantém conversas para elevar o capital político e vendê-lo mais caro em um apoio a vice em alguma coligação. Álvaro Dias é o preferido para liderar. A possibilidade dele ser o segundo no comando em uma chapa, no entanto, não existe.
PADILHA E MARUN – O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse sexta-feira em Joanesburgo, onde Temer participava de uma cúpula do Brics, que o “candidato que leva a proposta do governo é o Meirelles. “Ou estamos com Meirelles ou não tem candidato”, destacou. A expectativa do MDB é conseguir uma aliança com capilaridade para fortalecer a campanha em todo o país, sobretudo em áreas onde a esquerda é dominante, como o Nordeste. “O presidente (do MDB, Romero) Jucá e Meirelles ainda trabalham com a possibilidade de uma aliança. Vai ter que ter. Alguém que pudesse representar o Nordeste seria muito bom”, disse.
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, garante que a opção por Meirelles está consolidada e sem chance de revés. “Como militante do MDB, estou cada vez mais animado com a candidatura. É uma pessoa metódica, disciplinada e empenhada, que nos orgulha. Não me surpreenderia um bom desempenho nas eleições. O trabalho dele é fruto de resultados”, sustentou.
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