História de Itabuna já teve pioneiro do gado
sendo que a pecuária começou com um solitário empreendedor. O tio de
Mário Padre, Joaquim dos Santos Padre, foi o primeiro, quase duas
décadas antes da emancipação de Itabuna. Ele e dois amigos, Antoninho do
Cachimbo e Joaquim da Felícia introduziram o gado na região.
Os novos (e únicos) pecuaristas trouxeram de Vitória da Conquista
várias manadas de bois que se acumulavam na praça da Boa Vista, hoje
Praça Jornalista Manoel Leal. A viagem de Conquista até a antiga Tabocas
durava cerca de 30 dias.
Na praça havia três pés de buris (árvore típica do sul do país), onde
alguns dos animais eram amarrados. Na mesma praça outro criador, só que
de ovelhas, Querubim José Alves de Oliveira, também costumava amarrar
seus pequenos animais.
Foi Joaquim dos Santos Padre quem incentivou o então negociante de
secos e molhados José Kruschewsky a mudar de ramo. Ele disse que era
mais vantajoso negociar com gado do que com o varejo. O comerciante
viajou para Conquista, trouxe sua primeira manada e o negócio prosperou.
Indústria de cacau
A primeira Indústria de cacau em Itabuna foi a Cacau Industrial e
Comercial S.A., implantada por Hugo Kaufmann numa grande área no Banco
Raso, onde por muitos anos funcionou, exalando todas as tardes, o
inconfundível e gostoso cheiro de cacau sendo processado.
Os produtos fabricados, todos derivados do cacau, eram manteiga, massa e
pó para torta de cacau. A Cacau Industrial foi a maior firma
beneficiadora do produto durante muitos anos em Itabuna, garantindo um
bom valor agregado ao produto.
Quando ela foi fechada, depois da vinda da Nestlé para Itabuna, um dos
galpões da grande área da antiga fábrica foi utilizado para a redação do
também extinto jornal Tribuna do Cacau. Hoje a área está abandonada e a
fábrica tomada pelo mato e a ferrugem.
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