O Ministério das
Cidades pretende agrupar, em uma única base de dados, informações de
diferentes órgãos municipais, estaduais e federais sobre a segurança nas
estradas brasileiras. Dessa forma, poderá ser elaborado um diagnóstico
mais preciso sobre a situação atual e, posteriormente, haver condições
para definir políticas públicas mais eficientes a fim de reduzir, pela
metade, em um prazo de 10 anos, as cerca de 40 mil mortes que a cada ano
ocorrem no país.
Ainda sem orçamento definido, o projeto
contará com apoio do setor privado. Um dos parceiros é a Companhia de
Bebidas das Américas (Ambev) que, no caso, ajudará disponibilizando
algumas das metodologias a serem adotadas pelo levantamento.
De acordo com o ministro das Cidades,
Alexandre Baldy, a cada ano, os acidentes de trânsito causam prejuízos
de R$ 50 bilhões à sociedade. “Não dá para definir ainda qual será nosso
orçamento porque isso depende da participação de cada estado. Mas
queremos incitar empresas a participar [dessa iniciativa]. Todas as
parcerias serão bem-vindas”, disse o ministro durante a assinatura da
minuta de um acordo de cooperação técnica com o Instituto Tellus.
Segundo Baldy, nove estados e o Distrito
Federal já se encontram em “estágio avançado” com relação à coleta de
informações que facilitam a idenrificação das principais causas dos
acidentes, por meio de seus departamentos de Trânsito. Posteriormente,
já com os dados dos demais estados em mãos, pretende-se definir e
implantar uma metodologia de coleta, tratamento e divulgação dos dados,
bem como das metodologias de desdobramento e comunicação das metas, que
preveem uma redução de 50% das mortes no trânsito no prazo de 10 anos.
O piloto Felipe Massa, embaixador da FIA
para Segurança Viária, durante solenidade de assinatura de acordo com
Instituto Tellus para implementar o Pnatrans.
O evento de lançamento do projeto teve
participação do ex-piloto da Fórmula 1 Felipe Massa, que é embaixador da
Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para Segurança Viária, e
do presidente da entidade, Jean Todt, enviado especial da Organização
das Nações Unidas (ONU) para Segurança Viária.
“As viagens que fiz, por ser piloto, me
possibilitaram conhecer muitas realidades também no que se refere a
trânsito. Pequenas ideias podem melhorar muito essa situação [acidentes e
mortes no trânsito]”, disse Massa. “Até mesmo informar sobre as regras
importantes a serem seguidas, como a do uso do cinto de segurança tanto
nos bancos da frente como nos de trás; ou sobre os riscos de se dirigir
usando celular ou após beber”, acrescentou o piloto.
Jean Todt classificou de “pandemia
terrível” as mortes no trânsito. “São 1,8 milhão de mortes a cada ano.
Esta é uma ótima oportunidade para fazermos programas mais fortes, de
forma a evitar essas tragédias”, acrescentou o dirigente da FIA ao
defender o foco na educação para alcançar a redução de tais
estatísticas.
Dados apresentados pelo ministro da
Saúde, Gilberto Occhi, mostram que, a cada hora, 137 pessoas morrem no
trânsito mundial. “É como se, a cada dia, caísse um avião”, argumentou
Occhi; O ministro chamou a atenção para o aumento do número de mortes de
motociclistas que, segundo ele, quadruplicou nos últimos 17 anos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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