José Carlos Werneck
A campanha de Jair Bolsonaro,candidato do PSL, líder em todas as
pesquisas com candidatos, sem restrições para concorrer a cargos
eletivos, entra no momento de definições a partir desta segunda-feira.
Ainda sem vice, depois duas recusas, por parte dos convidados, ele se
reunirá, em São Paulo, com a advogada Janaina Paschoal para saber se ela
aceita ou não ser sua companheira de chapa. Com problemas de ter de
transferir com sua família para Brasília, a advogada mostrou-se indecisa
em aceitar a proposta, o que levou o PSL a cogitar em opções
consideradas pitorescas como um príncipe e um astronauta para a vaga.Depois do encontro com Janaína, Jair Bolsonaro será o último presidenciável a ser sabatinado pelo programa de debates “Roda Viva”, da TV Cultura. Participarão da bancada Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal Folha de S.Paulo; Thaís Oyama, redatora-chefe da revista Veja; Maria Cristina Fernandes, colunista do Valor Econômico; Leonencio Nossa, repórter especial do jornal O Estado de S. Paulo; e Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo.
DE OLHO NA TV – O comparecimento na TV pouco antes do início da campanha eleitoral é essencial para o candidato, cujo partido, o pequeno PSL, terá, ao que tudo indica, menos de dez segundos no famigerado mas essencial horário eleitoral na televisão, que começará na sexta-feira,31 de agosto.
Além de possibilitar que Bolsonaro atinja um público menos ligado nas redes sociais, o programa tem potencial de gerar ainda mais interesse por ele na própria Internet, pois é o presidenciável com maior número de seguidores nas redes sociais:7,97 milhões somando Facebook, Twitter e Instagram.
Reportagem da revista Piauí, informa que o programa o “Roda Viva” foi o responsável pelos maiores picos de interesse na Internet em relação aos candidatos desde o início deste ano. Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB, depois de ser entrevistada, ficou em segundo lugar no ranking de políticos com maior taxa de engajamento no Facebook, de acordo com medição do Atlas Político, logo atrás de Bolsonaro.
FALA DEMAIS – Segundo alguns especialistas em marketing político, o desafio é segurar a boca do candidato, já que suas declarações polêmicas podem gerar um impacto negativo e desagradar o eleitorado mais contido, ou até mesmo render processos, considerando que Bolsonaro já foi acusado de racismo e homofobia pela Procuradoria-Geral da República, devido a suas declarações sobre quilombolas, mulheres e LGBTs.
Jair Bolsonaro precisará de muitos palanques a partir de agora até o dia das eleições. Hoje é uma oportunidade única.
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