As entidades que representaram os caminhoneiros na negociação com o governo das reivindicações apresentadas durante a paralisação completa dos transportes no Brasil, pediram, após o pronunciamento feito pelo presidente Michel Temer no último domingo, que os caminhoneiros voltassem ao trabalho.
De acordo com essas entidades, as principais reivindicações da categoria foram atendidas pelo governo, e por isso, os motoristas podiam voltar à sua rotina normal. Como a maior parte dos pontos de paralisação continuaram ativos, as entidades fazem novo pedido, desta vez solicitando a liberação de todas as cargas que sejam essenciais para a população, para evitar o agravamento da situação de desabastecimento.
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), por meio de nota, solicita que os motorista que continuam nas paralisações liberem o tráfego de combustíveis de todo tipo, incluindo gás de cozinha, produtos da merenda escolar, produtos hospitalares e alimentos destinados à saúde pública, leite e caminhões que tenham adesivo identificador da Defesa Civil.
A CNT (Confederação Nacional do Transporte), também por meio de nota, diz que as solicitações do movimento foram muito bem atendidas, e que o bloqueio de caminhões, principalmente de propriedade de transportadoras, é ilegal, e pede que a polícia seja usada para que os veículos de empresas voltem a circular normalmente.
A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), também pediu para que os caminhoneiros deixem os pontos de manifestação, pois as reivindicações foram atendidas, e inclusive pautas mais antigas do transporte foram atendidas.
Também está sendo muito pedido pelo setor de agropecuária a liberação de todos os caminhões que fazem o transporte de rações, já que muitos animais tem morrido de fome em granjas de todo o país.
Mesmo assim, hoje, nono dia de protestos, 17 estados e o Distrito Federal ainda registram pontos de manifestação em todo o país. Mesmo com o acordo com o governo, muitos manifestantes acham que a redução do valor do óleo diesel não é suficiente para acabar com os problemas do setor, e outros ficaram descontentes, pois o subsídio para essa redução será cobrada em forma de outros tributos.
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