A greve dos caminhoneiros que protestam contra o aumento do preço do
óleo diesel bloqueando rodovias, começou a prejudicar o setor automotivo
no país. Na Bahia, onde a greve começou na última sexta-feira (18), as
peças importadas pela Ford, em Camaçari, não estão conseguindo chegar na
fábrica por conta da falta de caminhões e por piquetes dos grevistas.
Cerca de 1,7 mil carros que deveriam ter sido exportados também não
chegaram no porto, segundo dados levantados pelo jornal Folha S.Paulo.
Os bloqueios também estão dificultando o transporte de carros das
fábricas para as concessionárias. Por conta da greve, quatro fábricas já
estão paradas em Gravataí (RS), São Caetano do Sul (SP), da General
Motors, Camaçari (BA), da Ford, e Taubaté (SP), também da Ford. Nelas,
faltam peças para a produção dos veículos, enquanto a unidade de Taubaté
(SP) parou porque produz motores e transmissões para a unidade baiana.
A manifestação dos caminhoneiros acontece simultaneamente em 23 Estados.
A categoria se manifesta contra os preços da gasolina e do óleo diesel,
que vem subindo com vigor após a mudança na política da Petrobras.
Outro problema grave para o setor é a entrega dos veículos prontos nas
concessionárias. Com a greve, os carros estão sendo embarcados nos
caminhões cegonhas, mas permanecem no pátio das transportadoras em todo o
país, correndo o risco de serem danificados.
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