Carlos Newton
Esta eleição será eletrizante, porque Lula da Silva vai continuar em campanha até o dia 12 de setembro, quando o Tribunal Superior Eleitoral impugnará definitivamente sua candidatura, segundo os cálculos dos especialistas. Estarão faltando apenas três semanas para a votação e então haverá as últimas cenas do enredo. Há três hipóteses: 1) o PT lança um candidato substituto; 2) o PT apoia Ciro Gomes (PDT), Manuela D’Ávila (PCdoB) ou Guilherme Boulos (PSOL); 3) o PT não lança candidato nem apoia ninguém.
E aí haverá outra briga, porque o PT vai insistir na participação de Lula na campanha pela TV e nos comícios. Como ele estará com seus direitos políticos suspensos pela Lei da Ficha Limpa, o TSE vai ter de afastá-lo do horário eleitoral, o PT será multado e vai recorrer, será mais uma chatice.
FINAL EMPOLGANTE – Sem Lula, o PT (ou o candidato que o partido apoiar) pode até passar para o segundo turno, mas terá pouca chance de vencer a eleição. Depois da ressaca da Era Lula/Dilma, a onda conservadora está muito forte, a esquerda dificilmente emplacará o sucessor de Temer, embora o futuro a Deus pertença, como diria o ministro Armando Falcão, um dos ícones civis do regime militar.
Para o PT, já faz tempo que a campanha começou para valer e Lula vai continuar percorrendo o Brasil, fantasiado de vítima de perseguição política. Entre seus rivais, até agora só quatro entraram em campanha – Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (PSD) e… Michel Temer (MDB).
Os demais estão demorando a dar a largada. Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos), Manuela D’Ávila (PCdoB) ainda estão engatinhando. Os restantes – João Amoedo (Novo), Paulo Rabello de Castro (PSC) e Fernando Collor (PTC) – não têm a menor chance e buscam apenas os 15 minutos de fama imortalizados pela genial antevisão de Andy Warhol.
BOLSONARO E CIRO – Entre os rivais de Lula que já estão em campanha, Bolsonaro e Ciro têm obtido bons resultados, ambos percorrendo o país e fazendo contato com suas faixas de eleitorado. Em cada cidade que chegam, participam de eventos, são entrevistados pela mídia, estão aparecendo bastante. A campanha de Bolsonaro colhe ainda mais frutos do que Ciro, porque ele combina com seus seguidores a instalação de outdoors em ruas e estradas.
Há mais de um ano Henrique Meirelles também em campanha, não perde inauguração do governo e tem viajado muito, mas por enquanto está concentrando sua campanha no eleitorado evangélico. E Temer é o outro candidato que já se mexe incessantemente, empurrado pelos ministros Eliseu Padilha e Moreira. Não perde oportunidade de aparecer. Além de gravar programas na Band e no SBT, está assediando os mesmos pastores já procurados por Meirelles.
Em resumo, é certo que, sem Lula, a eleição terá um final eletrizante, mas ninguém pode prever quem irá para o segundo turno, porque vai depender muito das coligações que cada candidato consiga fechar, para garantir o máximo de tempo na televisão.
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Esta eleição será eletrizante, porque Lula da Silva vai continuar em campanha até o dia 12 de setembro, quando o Tribunal Superior Eleitoral impugnará definitivamente sua candidatura, segundo os cálculos dos especialistas. Estarão faltando apenas três semanas para a votação e então haverá as últimas cenas do enredo. Há três hipóteses: 1) o PT lança um candidato substituto; 2) o PT apoia Ciro Gomes (PDT), Manuela D’Ávila (PCdoB) ou Guilherme Boulos (PSOL); 3) o PT não lança candidato nem apoia ninguém.
E aí haverá outra briga, porque o PT vai insistir na participação de Lula na campanha pela TV e nos comícios. Como ele estará com seus direitos políticos suspensos pela Lei da Ficha Limpa, o TSE vai ter de afastá-lo do horário eleitoral, o PT será multado e vai recorrer, será mais uma chatice.
FINAL EMPOLGANTE – Sem Lula, o PT (ou o candidato que o partido apoiar) pode até passar para o segundo turno, mas terá pouca chance de vencer a eleição. Depois da ressaca da Era Lula/Dilma, a onda conservadora está muito forte, a esquerda dificilmente emplacará o sucessor de Temer, embora o futuro a Deus pertença, como diria o ministro Armando Falcão, um dos ícones civis do regime militar.
Para o PT, já faz tempo que a campanha começou para valer e Lula vai continuar percorrendo o Brasil, fantasiado de vítima de perseguição política. Entre seus rivais, até agora só quatro entraram em campanha – Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (PSD) e… Michel Temer (MDB).
Os demais estão demorando a dar a largada. Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos), Manuela D’Ávila (PCdoB) ainda estão engatinhando. Os restantes – João Amoedo (Novo), Paulo Rabello de Castro (PSC) e Fernando Collor (PTC) – não têm a menor chance e buscam apenas os 15 minutos de fama imortalizados pela genial antevisão de Andy Warhol.
BOLSONARO E CIRO – Entre os rivais de Lula que já estão em campanha, Bolsonaro e Ciro têm obtido bons resultados, ambos percorrendo o país e fazendo contato com suas faixas de eleitorado. Em cada cidade que chegam, participam de eventos, são entrevistados pela mídia, estão aparecendo bastante. A campanha de Bolsonaro colhe ainda mais frutos do que Ciro, porque ele combina com seus seguidores a instalação de outdoors em ruas e estradas.
Há mais de um ano Henrique Meirelles também em campanha, não perde inauguração do governo e tem viajado muito, mas por enquanto está concentrando sua campanha no eleitorado evangélico. E Temer é o outro candidato que já se mexe incessantemente, empurrado pelos ministros Eliseu Padilha e Moreira. Não perde oportunidade de aparecer. Além de gravar programas na Band e no SBT, está assediando os mesmos pastores já procurados por Meirelles.
Em resumo, é certo que, sem Lula, a eleição terá um final eletrizante, mas ninguém pode prever quem irá para o segundo turno, porque vai depender muito das coligações que cada candidato consiga fechar, para garantir o máximo de tempo na televisão.
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