O
AVC, popularmente chamado de derrame, já não é mais uma doença só de
idosos - hoje, também atinge muitos jovens. Para se prevenir é
importante adotar hábitos saudáveis e saber identificar seus sintomas. O
acidente vascular cerebral (AVC, popularmente chamado de derrame)
deixou de ser uma doença só dos idosos – hoje, também atinge muitos
jovens. Para combatê-la, é importante adotar hábitos saudáveis e saber
identificar os sintomas. “A população jovem está no alvo da doença
devido à maior exposição aos fatores de risco”, explica Antonio De
Salles, professor de medicina da Universidade da Califórnia (EUA) e
neurologista do Hospital do Coração (SP).
Existem
dois tipos de AVC: o isquêmico, que é o mais comum e corresponde a
cerca de 85% dos casos, e o hemorrágico, que responde por 15% do total.
“Em ambos, os neurônios da região afetada morrem, causando sequelas que
vão depender da extensão da lesão e das áreas envolvidas. Podem ocorrer
paralisias, perda ou dificuldade nos sentidos e problemas de memória e
cognição, por exemplo. Nos casos mais severos o AVC leva à morte”, diz
Gisele Sampaio, neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
Conheça cada tipo:
ISQUÊMICO
nesse caso, a obstrução de uma artéria, causada por um coágulo,
bloqueia o fluxo de sangue que deveria irrigar determinada região do
cérebro. Pode ocorrer também por causa de uma falha do coração, que
deixa de bombear o sangue adequadamente e gera um fluxo insuficiente na
massa cinzenta.
HEMORRÁGICO
é decorrente de uma ruptura nos vasos sanguíneos intracranianos, que
causa derramamento de sangue entre o cérebro e o crânio ou em alguma
outra área. Esse tipo de derrame pode ser consequência de um aneurisma
cerebral (doença que dilata as artérias), de lesões nos vasos sanguíneos
e de rompimentos associados à pressão arterial elevada.
Como se proteger?
Mantenha
uma dieta saudável e pratique exercícios regularmente. Assim o
colesterol fica controlado – em níveis altos, ele se fixa nas veias e
artérias, prejudicando a circulação.
Cuide
da pressão arterial. Quem tem hipertensos na família deve consultar um
médico com frequência. Em alguns casos, a medicação é indispensável. Em
outros, reduzir a ingestão de sódio e exercitar-se é suficiente.
Não fume. O cigarro reduz a oxigenação do sangue e lesiona os vasos, facilitando a formação de coágulos.
Controle
as doenças que facilitam a incidência de AVC. É o caso do diabetes e
das arritmias cardíacas. A primeira eleva as chances de formação de
placas nos vasos sanguíneos e a segunda, de coágulos. Uma pesquisa
americana também apontou que o risco de AVC é 50% maior em mulheres que
sofrem de enxaqueca com alterações na visão. A ligação entre os
problemas ainda é desconhecida.
Se
você tem fatores de risco, evite os contraceptivos orais. As pílulas
aumentam a capacidade de coagulação do sangue e o risco de trombose, o
que pode levar ao AVC. Mas, por si só, ela não representa perigo. O
problema é associá-la a hábitos nocivos ou predisposições.
Use
fio dental. A má higiene bucal abre espaço para que bactérias nocivas
entrem no corpo e contribuam para o afunilamento das artérias.
Sinais de alerta
Reconhecer os sintomas do acidente vascular cerebral é essencial para minimizar os seus prejuízos. Até
3 horas depois do ocorrido, é possível reverter a maior parte dos danos
causados pelo AVC. Depois disso, no entanto, as lesões cerebrais
dificilmente podem ser tratadas. Por isso, saber identificar os sintomas
iniciais e acionar prontamente o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU) pelo telefone 192 pode salvar a vida ou evitar sequelas
graves ao paciente. Abaixo, você confere os principais indicativos de que algo não vai bem e fica preparada para agir rapidamente:
Cegueira fugaz ou alterações na visão.
Formigamento nos membros superiores, inferiores ou no rosto.
Paralisias e dificuldades para realizar movimentos, até mesmo os mais simples, como engolir.
Dor de cabeça intensa e repentina.
Dificuldades para caminhar ou manter o equilíbrio.
Problemas para falar ou entender o que os outros dizem.
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