Por Redação BNews | Fotos: José Cruz/Agência Brasil
A
equipe econômica deve anunciar nos próximos dias medidas de ajuste
fiscal. De acordo com o colunista Lauro Jardim, o objetivo é tentar
cumprir a meta (hoje em xeque) estabelecida pelo governo Temer — ou
seja, um déficit de R$ 139 bilhões em suas contas. Vai cortar despesas,
portanto.
Segundo o colunista, uma das medidas em
estudo — mas já consensual dentro da equipe econômica comandada por
Henrique Meirelles — é o adiamento do reajuste de várias categorias de
servidores, previsto para janeiro de 2018: auditores da Receita Federal e
do Trabalho, peritos médico previdenciário, diplomatas, oficial de
chancelaria, entre outras.
Ainda segundo a coluna, a ideia é que o
reajuste só seja dado no segundo semestre do ano que vem. A economia
prevista é de R$ 11 bilhões por ano.
Na segunda-feira (24), o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo não discute novos
aumentos de impostos, mas, caso seja necessário, eles serão feitos. Na
última semana, houve reajuste do Programa de Integração Social (PIS) e a
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a
gasolina, o diesel e o etanol.
“Não discutimos isso, porque não é uma
situação que se coloca no momento. Tudo é possível, se necessário. Tenho
falado isso desde agosto do ano passado. Mas, hoje, nós estamos
preocupados em concretizar outras receitas”, disse o ministro, após
participar de reunião com investidores na capital paulista.
Meirelles destacou que trabalha para a
confirmação de receitas como o adiantamento das outorgas do Aeroporto
Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, e a liberação para a União
dos depósitos judiciais da Caixa Econômica Federal. “Estamos trabalhando
intensamente nisso para garantir que, de fato, essas receitas possam
ser contabilizadas o mais rápido possível”, afirmou.
Ainda sobre o aumento de impostos,
Meirelles disse que uma reavaliação não está descartada. “É um quadro
extremamente dinâmico, em que tudo está sujeito a reavaliação,
dependendo da avaliação dos fatos e de determinados impactos econômicos.
O que é importante é que nós temos, sim, uma decisão de aumento de
impostos neste momento”, destacou.
Sobre a escolha deste tributo para o
ajuste, ele justificou a opção por ser uma medida que poderia ser feita
por decreto e com validade já para 2017. Acrescentou ainda que, como o
impacto que ele gera é sobre a inflação, e como ela está abaixo da meta,
havia espaço para o reajuste.
Meirelles comentou também sobre o plano
de recuperação fiscal do Rio de Janeiro, que deve ser entregue no começo
de agosto. “Estamos apenas aguardando o estado apresentar o seu plano. A
Secretaria do Tesouro está trabalhando diariamente para fazer com que o
plano se enquadre realmente nos termos da lei”, informou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário