BONITINHO
– De todas as versões do Up, a opção Cross é a mais invocada da linha,
com molduras que deixam o visual menos simplista
O Gol tem mostrado melhor desempenho de vendas, principalmente na base do mercado, com preços abaixo dos R$ 40 mil. Até o início de maio, o “velho guerreiro” licenciou 21,4 mil unidades, enquanto o Up vendera apenas 11,4 mil.</CW>
Sendo assim, era necessário qualificar o caçula. O Up, apesar de seu porte miúdo, é um dos modelos mais modernos feitos pela VW no Brasil, ficando atrás apenas da dupla Golf e Jetta. Seu motor 1.0 três cilindros é extremamente eficiente. E a versão turbo TSI (que equipa o Up Cross que testamos esta semana) amplifica a economia e também o desempenho do carrinho.
O Cross Up é o segundo na hierarquia do compacto e parte de salgados R$ 55 mil. Valor que pode assustar o consumidor que não consegue se convencer de como um carrinho tão pequeno pode ser tão caro.
No entanto, o Cross Up busca justificar seu preço com um conjunto mecânico impecável. A unidade de 105 cv e 16,7 mkgf de torque faz dele um foguetinho, sem exageros.
Leve e baixinho, o carrinho acelera forte e tem ótimo comportamento dinâmico. Mas apesar de toda essa pegada esportiva e um ronquinho invocado, a unidade TSI foi desenvolvida com o foco na eficiência.
O modelo é bastante econômico. Em nossos testes em que o carro rodou em trechos rodoviários e urbanos, a média de consumo, com álcool, foi de 15,5 km/l. Um número bastante expressivo.
A reestilização na parte frontal e traseira também atingiu o interior do modelo. Ele ganhou novas molduras no painel, com direito a um filete iluminado.
Mas o principal destaque é sistema Composition Phone. Trata-se de um módulo que permite conectar o smartphone ao carro como o Live On do Fiat Mobi e tem custo adicional de R$ 1.400.
Raio-x Volkswagen Cross Up 1.0 TSI
O que é?
Hatch sub-compacto, quatro portas e cinco lugares.
Onde é feito?
Fabricado na planta da VW em São José dos Pinhais (PR).
Quanto custa?
Testado - R$ 57 mil
Com quem concorre?
O Cross Up não tem nenhum concorrente equipado com motor turbo. Mas pelo porte da carroceria e proposta aventureira, ele briga apenas com o Mobi Way (R$ 40.650).
No dia a dia
O Cross Up, assim como qualquer outra versão do pequenino alemão equipado com o motor TSI, é um tesão de dirigir. Firme e esperto, é um carrinho com comportamento esportivo mais acessível do mercado (apesar caríssimo quando se olha para ele como um sub-compacto).
No uso urbano, é uma opção acertada para quem não demanda muito espaço nem lotação. Suas dimensões diminutas (3,65 metros) fazem dele imbatível no trânsito e na hora de estacionar. Já a elasticidade do motor TSI encara com facilidade ladeiras mais íngremes. Ninguém passa vergonha no sinal da Timbiras com Álvares Cabral!
Um dos destaques da linha 2018 do Up é o sistema Composition Phone, que integra o rádio com o telefone e utiliza o aparelho como central multimídia e computador de bordo. A ideia é boa, mas smartphones com telas pequenas acabam sendo difíceis de manusear a quantidade de funções do aplicativo.
Motor e transmissão
O tricilíndrico TSI de 105 cv e 16,7 mkgf de torque é um motor irrepreensível e não é exagero apontá-lo como o melhor propulsor 1.0 do mercado. Apesar de muito elástico, ele só peca pela baixa oferta de torque em baixa rotação. A transmissão, por sua vez, tem encaixes precisos e curtos, que torna as trocas mais rápidas quando o motor te convida a viver momentos de Dominic Toretto!
Como bebe?
Abastecido com álcool, a unidade testada registrou média de 15,5 km/l no combinado entre trajeto urbano e rodoviário.
Suspensão e freios
A suspensão do Up é firme, como na maioria dos Volks, e transmite muita vibração para a cabine. Por outro lado, oferece boa estabilidade nas curvas. Já o conjunto de freios com disco (frente) e tambor (atrás) segue o padrão “popular”, auxiliado pelos controles de tração e estabilidade (ESP).
Pontos positivos
Consumo
Desempenho
Ponto negativo
Preço
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