Por Luiz Fernando Lima | Fotos: Reprodução
Os
advogados do presidente Michel Temer (PMDB) pediram mais tempo ao
Supremo Tribunal Federal (STF) para responder às 82 perguntas enviadas
pela Polícia Federal ao peemedebista na última segunda-feira (6). A
estratégia de postergar já havia sido definida na noite de ontem e traz
duas implicações: caso seja aprovada, ganha-se tempo até que o
julgamento no TSE seja iniciado de fato; caso reprovado ganha-se o
argumento para não responder.
Com o núcleo governista cada vez mais cercado – a prisão de Henrique
Eduardo Alves foi sentida – Temer e seus aliados apostam suas fichas no
pedido de vistas de algum dos ministros do Tribunal. Não se fala
abertamente, mas todos aguardam como votarão Admar Gonzaga e Tarcísio
Vieira, ambos indicados pelo atual presidente aos assentos que ocupam no
TSE.
Em outra frente, o governo atual para que os trabalhos na Câmara dos
Deputados e no Senado continuem acontecendo para dar sinais de que não
há fragilidade, contudo, nos bastidores corre a versão de que tanto
Rodrigo Maia (DEM-RJ) quanto Tasso Jereissati (PSDB-CE) representam o
mesmo espectro político e, portanto, as reformas não levam o carimbo
exclusivo de Temer.
A aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos
do Senado nesta terça é tida como prioridade. Ameaçados, os governistas
conseguiram fazer como que três senadores não viessem para votação: Omar
Aziz (PSD-AM), Vicentinho Alvez (PR-TO) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
A prisão do deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ) na chegada ao
aeroporto de Brasília na tarde desta terça também contribuiu para deixar
o clima de apreensão ainda mais elevado. No entanto, no que se refere
ao julgamento até representantes da oposição avaliaram que o ambiente
não está inflamado.
O deputado federal Waldenor Pereira (PT-BA) diz que isso é normal.
“Brasília tem disso. Vai pegando pressão conforme a semana avança.
Amanhã estará mais forte que hoje e quinta ainda mais”.
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