Por Alexandre Galvão
As polêmicas em torno da reforma da previdência, na avaliação do
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), são
defensáveis. Deputados baianos ouvidos pelo Bocão News, no entanto,
divergiram sobre a afirmação.
Para Félix Mendonça Jr. (PDT), “a reforma tem que preservar os direitos
adquiridos”. “Mudanças que impeçam o trabalhador de se aposentar, não
pode. Para passar, o projeto vai ter que ter modificações, não podemos
convencer o trabalhador a ficar velho para se aposentar”, criticou.
Já José Carlos Aleluia (DEM) disse estar “convencido” de que a reforma é
para “proteger os mais pobres”. “Estava com o presidente da Câmara e
saí convencido de que a reforma é para proteger os mais pobres. É uma
reforma altamente favorável para quem tem vários empregos ao longo da
vida e não consegue se aposentar por tempo de contribuição”, apontou.
O deputado refutou ainda a existência de “movimentos de rua” para
barrar a reforma. “Não tem movimento da rua contra a reforma, tem
movimento da rua contra a corrupção. O povo sabe que a reforma quer
garantir a previdência”, acredita.
Daniel Almeida (PCdoB) disse achar “estranho” o presidente da Câmara
anunciar pressa na votação. “Discordo da opinião do presidente. As
propostas são todas muito danosas aos trabalhadores. Não há como
justificar o conteúdo da proposta. Você percebe que quem defende não tem
convicção da defesa. Faz só por obrigação com o governo”, afirmou.
Segundo Cacá Leão (PP), a reforma é “necessária”, mas existem excessos.
“Acho a reforma necessária, tanto ela como a trabalhista. Acho que tem
coisas nela exageradas. Acho que a contribuição de 49 anos para receber a
aposentadoria integral exagerada. Mas acho que a idade mínima tem que
ter. A gente tem que mexer realmente, sou contra acumular benefícios,
tem alguns pontos que precisam passar por alterações”, reconheceu.
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