MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 26 de fevereiro de 2017

Cresce risco de crianças se perderem em praias de Alagoas no carnaval


Bombeiros e Polícia Militar distribuem 13 mil pulseiras de identificação.
Eles alertam para grande concentração de pessoas e falta de atenção.

Derek GustavoDo G1 AL
Pulseirinha pode ajudar a localizar os pais ou responsáveis de uma criança que se perdeu dos pais na praia ou nas festas de carnaval (Foto: Derek Gustavo/G1)Pulseirinha pode ajudar a localizar os pais ou responsáveis de uma criança que se perdeu na praia ou nas festas de carnaval (Foto: Derek Gustavo/G1)
O carnaval chegou e com ele as multidões nos principais polos festivos de Alagoas. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, é nas praias que é registrado o maior número de crianças perdidas. Por conta disso, bombeiros e policiais militares vão distribuir 13 mil pulseiras de identificação durante as festividades.
No último carnaval, os bombeiros registraram sete casos de crianças perdidas. Seis deles foram na praia do Francês, em Marechal Deodoro, e o outro, na praia do Mirante da Sereia, em Maceió. Esses dois locais mais as praias da Barra de São Miguel, Gunga e Guaxuma são onde mais acontecem ocorrências do tipo.
Apesar do número de crianças que se perderam dos pais no carnaval de 2016 ser considerado baixo, o ideal é que não haja nenhum caso. E as pulseiras são de grande ajuda nas horas em que os pequenos somem de vista.
Nelas constam informações como o nome da criança e o de um dos responsáveis, telefone de contato e o local onde a pulseira foi recebida.
Nas praias de todo o estado os bombeiros irão distribuir 10 mil pulseirinhas, enquanto a Polícia Militar vai disponibilizar 3 mil, que serão entregues durante na Barra de São Miguel, Marechal Deodoro e Paripueira. Esses três locais são onde, tradicionalmente, são registradas as maiores movimentações de foliões durante o carnaval.
Pulseiras que serão distribuídas pelos bombeiros e PM contém dados das crianças. Eles ajudam na hora d elocalizar os pais (Foto: Derek Gustavo/G1)Pulseiras distribuídas pelos bombeiros e PM têm espaço para dados das crianças e dos responsáveis (Foto: Derek Gustavo/G1)
De acordo com o sargento Daniel, guarda-vidas do Corpo de Bombeiros, a maior parte dos casos de crianças perdidas tem relação com os pais ou responsáveis que estão ingerindo bebidas alcoólicas.
"Entre 80% e 90% dos casos, os pais estavam mais preocupados com a bebida e não prestaram atenção nas crianças", afirma o sargento.
Ele também dá dicas, que valem tanto para a ida à praia quanto para quem for participar de alguma festa com grande concentração de pessoas.
"A primeira dica para quem vier à praia é procurar um posto de salva-vidas, tanto para pegar a pulseirinha quanto para saber dos locais propícios ao mergulho. Outra dica, essa mais geral, é marcar um ponto de referência com a criança, para o caso de ela se afastar demais, e também deixar um adulto ou criança mais velha com as mais novas", explica o sargento.
O bombeiro ressalta também a importância da criança saber nome completo do pai e da mãe. "Outro dia, nós encontramos uma criança de 6 anos, que não sabia o nome completo nem o telefone dos pais. Isso foi por volta das 15h. Às 18h, fomos informados que os pais haviam ligado para o 193, e só assim foi possível localizá-los. Teve casos, no entanto, em que a criança teve que ser levada para o Conselho Tutelar, já que não conseguimos encontrar nenhum responsável", relembra.
Família de turistas recebe pulseirinha de bombeiro na Jatiúca (Foto: Derek Gustavo/G1)Família de turistas recebe pulseirinha de bombeiro na Jatiúca (Foto: Derek Gustavo/G1)
Outros cuidados
A atenção às crianças durante o carnaval não se limita apenas aos cuidados para que elas não se percam. Segundo Gabriela Guida de Freitas, coordenadora da ONG Criança Segura, outros detalhes também merecem destaque.
“[Festa] em salão, por exemplo, é preciso observar se o piso é escorregadio, se o acesso às escadas é protegido por uma porta ou portãozinho, se as janelas possuem telas ou grades. Já na rua, verifique se o local está fechado para o acesso de carros. Cada situação deve ser observada a partir de suas especificidades, mas o mais importante é a supervisão constante de um adulto”, explica Gabriela.
Ela também recomenda que as crianças pequenas usem roupas ou fantasias leves, principalmente por causa do calor que faz nesta época do ano. Os pais também devem ficar atentos aos detalhes das roupas, para que elas não se machuquem. Cordões e correntes no pescoço devem ser evitados, assim como botões e pequenos ornamentos, que podem ser engolidos.
“É importante também que os responsáveis pelas crianças não se esqueçam de oferecer água constantemente para meninos e meninas, para evitar a desidratação. Elas devem ingerir alimentos leves, e de preferência quando estejam paradas e calmas, para que mastiguem bem os alimentos e sem pressa, evitando assim o engasgamento”, orienta a coordenadora da ONG.
Durante a folia é importante verificar confete, serpentina, espuma, tatuagens temporárias, tinta e gliter, que os pequenos gostam tanto de utilizar. Esses produtos devem ser atóxicos e hipoalergênicos.
“Evite deixar a criança entrar em contato com artigos de procedência duvidosa, sem selo do Inmetro ou aprovação da Anvisa. Além disso, explique para as crianças porque elas não devem colocar confete na boca, enrolar a serpentina no pescoço ou brincar de jogar espuma nos olhos e na boca de outras pessoas. Assim, a brincadeira é garantida e a segurança dos pequenos também”, conclui Gabriela.

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