MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 26 de fevereiro de 2017

As reformas na atual conjuntura


Caros amigos
O Governo Temer pretende enviar ao Congresso propostas para as necessárias reformas: Política, Fiscal, Trabalhista e da Previdência.
Como quase todos os brasileiros, “amo com fé e orgulho a terra em que nasci” e, apesar de todos os pesares, sou um incorrigível otimista com relação ao seu futuro. Mesmo assim, não me distancio da realidade da conjuntura em que vivemos, da qualidade, dos interesses e do comportamento da maioria dos políticos a quem temos dado mandatos, até há pouco, isentos da nossa fiscalização. Assim, cabe guardar reserva sobre as “reformas” e as reais possibilidades de contarem com a vontade política para serem implementadas.
A reforma política, por exemplo, nas circunstâncias atuais, se chegar a ser abordada até a próxima eleição, pouca coisa fará mudar nas regras em vigor, pois são elas que têm assegurado a permanência das “famílias de políticos” agarradas às tetas do Estado e às incontáveis “fugas” de recursos do erário.
Seja qual for o resultado dessa reforma no presente mandato, o povo brasileiro tem que ser intransigente, pelo menos, quanto à implantação do processo de votação eletrônica com impressão do registro do voto, proposta do Deputado Jair Bolsonaro já contemplada em lei.
Qualquer mudança no processo eleitoral só será valida se os eleitores tiverem confiança na lisura da apuração da sua vontade.
As reformas fiscal e trabalhista, por sua vez, não farão mais do que oferecer plateia aos demagogos e ilusionistas de sempre que, iluminados pela ribalta, darão início às suas campanhas eleitorais com os mesmos discursos surrados que, na realidade, só têm onerado o empregado e o empregador em favor do desemprego e em detrimento da arrecadação e da distribuição de renda.
O interesse dos políticos, no tempo que lhes resta até o próximo pleito, dificilmente abrirá espaço para a adoção de soluções inteligentes e efetivas para esses problemas.   A reforma da previdência, em que pese a sua importância, não pode ser apreciada e debatida no Congresso antes que uma profunda auditoria – feita por empresa sem qualquer vínculo, contato, contrato ou comprometimento com os “sistemas” operantes no Brasil – apresente a versão única da realidade atual em face da legislação em vigor.
Somente após chegar-se a uma conclusão transparente – “coloração” rara em nossos dias – sobre a realidade das estruturas da previdência, suas receitas, despesas, vazamentos, improcedências, fraudes, maus usos e outras tantas possibilidades de desonestidade e má gestão, é que se poderá apreciar qualquer proposta de reforma que seja aceitável e inteligível para todos os seguimentos da sociedade.
Sem conhecer a realidade do mal, qualquer reforma na Previdência não passa de enganação e de paliativo para tirar o paciente do hospital apenas com a cara de saudável! Um prato cheio para inflamados discursos dos embromadores e dos corruptos de sempre, os que fazem da demagogia a sua energia vital no concerto político brasileiro.
A voz do povo se faz ouvir por diversos meios e, por vezes, ela é ensurdecedora à sensibilidade e à inteligência que qualquer um, muito mais deveria ser à sensibilidade e à inteligência daqueles a quem é outorgada a missão de representa-la!
Portanto, por mais que sejam necessárias, as reformas são tarefas que, na realidade, só deverão ser abordadas com seriedade a partir de 2019, caso uma nova configuração política e governamental seja eleita sob a influência das desastrosas experiências vividas pelo Brasil à sombra da mentira, da ilusão e do paternalismo irresponsável.
Gen Bda Paulo Chagas

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