MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

População lota cemitérios de Rio Branco no Dia de Finados


‘A gente nunca esquece’, diz mulher que visitou túmulos de parentes.
Prefeitura estima passagem de ao menos 15 mil pessoas por cemitérios.

Quésia Melo e Yuri MarcelDo G1 AC
Visitantes do Cemitério Jardim da Saudade participam de missa  (Foto: Quésia Melo/G1)Visitantes do Cemitério Jardim da Saudade participam de missa (Foto: Quésia Melo/G1)
A movimentação nos cemitérios de Rio Branco é intensa desde o início desta quarta-feira (2). A população aproveitou o feriado de Dia de Finados para visitar e prestar homenagens a parentes e amigos já falecidos. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) estima que ao menos 15 mil pessoas devam passar pelos quatro cemitérios públicos da capital acreana até o final do dia. Porém as administrações estimam que 10 a 15 mil pessoas visitem cada cemitério.

A aposentada Evarista Alves de Bezerra, de 80 anos, é uma delas. Mesmo com dificuldades de locomoção, ela cedo foi ao Cemitério Jardim da Saudade, na Estrada do Irineu Serra, para visitar o túmulo da filha mais velha, morta há 31 anos. Ela contou ainda, que possui outros três filhos enterrados em outros cemitérios, mas não sabe se vai conseguir visitar todos.

A gente sente uma saudade que só sabe quem tem filho, pai ou irmão falecido. “Amor não se acaba, Deus sabe, mas ainda estou vivendo”, comenta.
Evarista Bezerra fez questão de visitar túmulo da ´filha, mesmo com problemas de locomoção (Foto: Quésia Melo/G1)Evarista Bezerra fez questão de visitar túmulo da ´filha, mesmo com problemas de locomoção (Foto: Quésia Melo/G1)
Caminhando pelas sepulturas, o empresário José Pereira da Silva, de 57 anos, procurava o túmulo do pai, morto há 15 anos. Ele conta que estava morando fora do estado e por isso acabou esquecendo o local exato onde o pai está enterrado. “A gente vem visitar parente morto, não vem alegre né”, diz.

Já a dona de casa Maria Raimunda Lima, de 52 anos, tem opinião contrária, quase todos os anos ela visita os túmulos dos pais, de um irmão e de um sobrinho. “A gente nunca esquece, fica pensando o ano todo que tenho que vir. Acho importante, é uma forma de respeito. Me sinto bem. Nunca gosto de chorar quando venho aqui”, conclui.
Maria Raimunda Lima visita o túmulo dos pais, do irmão e do sobrinho todos os anos  (Foto: Quésia Melo/G1)Maria Raimunda Lima visita o túmulo dos pais, do irmão e do sobrinho todos os anos (Foto: Quésia Melo/G1)
Missas e transporte
Os cemitérios de Rio Branco devem ficar abertos durante todo o dia para receber os visitantes. De acordo com a Semsur, a Diocese de Rio Branco deve realizar missas pela manhã e tarde. Equipes da Secretaria de Saúde da capital também devem estar nos locais para atender pessoas que tiverem algum problema de saúde.

Já a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) disponibilizou, este ano, uma linha de ônibus exclusiva para o Cemitério da Cruz Milagrosa, na Estrada Transacreana. Pessoas que possuem familiares e amigos enterrados no local vão poder usar a linha 111 que deve sair do Terminal de Integração da Baixada.

Ao G1, o diretor de Transportes da RBTrans, Jô Luiz Fonseca disse que o transporte público foi reforçado. Dessa forma, as linhas Tancredo Neves, Irineu Serra e Calafate que passam pelos cemitérios São João Batista e Morada da Paz devem operar com a frota máxima para facilitar a fluidez do trânsito.

Parte das vias que garantem acesso aos cemitérios foram interditadas. No São João Batista trechos das ruas Rio de Janeiro e São Paulo  estão bloqueados. Para chegar ao local, os visitantes devem usar o acesso feito na Rua Minas Gerais.

Já no cemitério Jardim da Saudade parte da Estrada Custódio Freire foi interdidada e a via de acesso ao cemitério é a Rua 25 de Dezembro.  As linhas de ônibus Tancredo Neves Irineu Serra, que passam no local, não devem sofrer desvios, segundo a RBTrans.
Administração dos cemitérios estimam que ao menos 15 mil pessoas visitem cada um dos locais (Foto: Quésia Melo/G1)Administração dos cemitérios estimam que ao menos 15 mil pessoas visitem cada um dos locais (Foto: Quésia Melo/G1)

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