A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou na manhã desta sexta-feira
que o zika vírus foi detectado de forma ativa na saliva e urina de
pacientes infectados. Em coletiva na sede da instituição, no Rio de
Janeiro, o presidente Paulo Gadelha informou que a descoberta foi feita a
partir da análise de amostras de dois pacientes com sintomas
compatíveis com o vírus zika. Gadelha ressaltou, no entanto, que embora
essa seja uma descoberta que deve mudar os patamares das pesquisas rumo a
uma vacina, ainda não é possível afirmar que o vírus possa ser
transmitido por meio da saliva e urina. "O fato de haver um vírus ativo
com capacidade de infecção na urina e na saliva não comprova ainda que
possa haver a contaminação de outras pessoas através desses fluidos",
disse Gadelha. "Isso ainda precisa ser esclarecido." Os estudos foram
liderados pela pesquisadora Myrna Bonaldo, chefe do Laboratório de
Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz
(IOC/Fiocruz), em colaboração com a infectologista Patrícia Brasil, do
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz
(INI/Fiocruz). Myrna Bonaldo recomendou que pessoas com patologia
compatível ao zika devem ter uma responsabilidade adicional nesse
momento, especialmente no contato com gestantes, mas também em relação a
outras pessoas. Mulheres grávidas devem evitar situações como grandes
aglomerações, onde é possível o contato direto através da transmissão de
saliva. Ainda: pessoas de convívio próximo aos infectados devem evitar o
uso dos mesmo talheres, copos e objetos de uso pessoal. (Veja)
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