MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 7 de fevereiro de 2016

Sátiras e bom humor marcam desfile do Galo da Madrugada no Recife


Crise econômica, doenças trasmitidas pelo Aedes aegypti... Nada escapou.
Famílias inteiras se fantasiaram e fizeram críticas bem-humoradas no desfile.

Danielle CarvalhoDo G1 PE
Familias fazem sátiras contemporâneas no Galo (Foto: Danielle Carvalho/G1)Chico, Dona ZIca e Denguinho no desfile do Galo
da Madrugada (Foto: Danielle Carvalho/G1)
Sabe aquela mania do brasileiro em fazer piada de tudo? O desfile do Galo da Madrugada, no Centro do Recife, reuniu milhares de foliões e artistas neste Sábado de Zé Pereira (6), primeiro dia da folia. Gente comum, que soltou a criatividade para esquecer crise econômica, epidemias, corrupção, preconceito e desigualdade social.
Às 7h, as ruas em volta a Praça Sérgio de Loreto, onde fica a sede do Galo da Madrugada, no bairro de São José, já começava a ser ocupada pela multidão. As fantasias mais vistas foram de Aedes aegypti e políticos corruptos. Carlos Augusto, 44 anos, vestiu a familia inteira de mosquito e trouxe todo mundo para o desfile. "Eu sou o Chico, minha mulher é a Dona Zica e meu filho é o Denguinho", brincou.
Tinha gente até de caveira desejando a morte da crise econômica."Essa crise é o terror. Ou vai ou racha, ela tem que morrer nesse Carnaval", disse o idealizador da fantasia, Marcos Silva, 44 anos.
Familias fazem sátiras contemporâneas no Galo (Foto: Danielle Carvalho/G1)Foliões desejam a "morte" da crise econômica no país (Foto: Danielle Carvalho/G1)

Quem não quis satirizar os problemas do Brasil, usou a criatividade para fazer os outros rirem. Um desses é o auxiliar de pedreiro Luis da Silva, que no meio da multidão gritava "olha o pesado, olha o pesado". E o sósia do Michael Jackson, fazendo graça com os passos de dança do cantor.
Até o início da tarde, o empurra-empurra era grande na Rua da Concórdia e nas áreas em volta da Praça Sérgio Loreto, mas sem brigas e intercorrências graves. A maioria dos foliões estava ali para brincar e dançar muito. "Estou achando tudo bem tranquilo, apesar do aperto. Tudo que eu quero é brincar o Carnaval em paz", disse Josefa Gomes, 49 anos, que não escondeu a procura por um marido. "É hoje que eu caso", brincou.

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