Gilberto Carvalho, ex-ministro de Lula e Dilma disse não ver nada mais em reforma; embora diga que o sítio não pertence ao ex-presidente, acha o “presente” normal
Por Ranier Bragon, na Folha:
Chefe de gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva nos oito anos em que o petista ocupou a Presidência da República (2003-2010), o ex-ministro Gilberto Carvalho disse à Folha considerar a “coisa mais normal do mundo” se a empreiteira Odebrecht tiver bancado a reforma de um sítio usado pelo ex-presidente.
Chefe de gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva nos oito anos em que o petista ocupou a Presidência da República (2003-2010), o ex-ministro Gilberto Carvalho disse à Folha considerar a “coisa mais normal do mundo” se a empreiteira Odebrecht tiver bancado a reforma de um sítio usado pelo ex-presidente.
Carvalho,
que foi ministro de Dilma e hoje é presidente do Conselho Nacional do
Sesi, argumenta que o sítio não pertence formalmente a Lula e que não
existe relação de causa e efeito entre a reforma e algum benefício
público dado à empreiteira.
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“É a coisa mais natural do mundo que você possa ter empresas contribuindo com essa ou com aquela pessoa. O Lula estava fora já da Presidência na maioria desses casos. Fornecedores contribuíram com o Instituto Fernando Henrique, com o Instituto Lula”, disse Carvalho, que participou nesta quarta-feira (3), na Câmara, do lançamento de um livro de migração editado pelo Sesi.
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“É a coisa mais natural do mundo que você possa ter empresas contribuindo com essa ou com aquela pessoa. O Lula estava fora já da Presidência na maioria desses casos. Fornecedores contribuíram com o Instituto Fernando Henrique, com o Instituto Lula”, disse Carvalho, que participou nesta quarta-feira (3), na Câmara, do lançamento de um livro de migração editado pelo Sesi.
“Estando
fora da Presidência, Lula pode receber [presente], qualquer pessoa pode
dar um presente que quiser dar a ele. O criminoso é estabelecer uma
relação de causa e efeito quando não há”, afirmou.
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Informado
pela reportagem que a reforma ocorreu quando Lula ainda ocupava a
cadeira presidencial, o ex-chefe de gabinete do petista emendou: “Não
tenho informações se foi, mas, de qualquer modo, o usufruto dessa
história que se deu… o Lula foi pela primeira vez nessa chácara em
2011″.
Carvalho
também argumenta que Lula não é o dono formal da propriedade, que está
em nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente.
“Eu não
tenho certeza dessa questão, mas mesmo que isso tenha ocorrido [a
reforma paga pela Odebrecht], nem é uma propriedade dele. O Lula não
recebeu um presente para ele.”
(…)
Dirceu(…)
Carvalho foi questionado se incluiria o ex-ministro José Dirceu na lista. “Não, o Dirceu eu não vou citar, o Dirceu é muito complexo para eu citar.”
Também
condenado no mensalão, Dirceu está preso sob a suspeita de ter recebido
propina desviada da Petrobras sob o disfarce de pagamento por
consultoria.
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