MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Brincar o Carnaval


É chegada a hora de vestir a fantasia, se reunir com amigos e familiares e colocar a alegria para desfilar. É tempo de brincar o Carnaval, e brincar é o verbo correto a ser usado. Correto porque significa divertimento puro e simples, sem exageros e irresponsabilidades, com certa dose de inocência até.
São dias de festa democrática por todo o Brasil, onde as diferenças culturais, raciais, políticas e ideológicas se diluem em um mar de brincadeiras, música e fantasias recheadas de sorrisos. Um momento tão bonito e feliz que não pode ser prejudicado por quem, irresponsavelmente, acaba por estragar a diversão dos demais.
Vale a máxima de que responsabilidade gera liberdade. É hora de extravasar, mas isso não permite não se preocupar com o outro, deixar a sua consciência ao vestir sua fantasia. Não se deve extrapolar na bebida, nas brincadeiras e, principalmente, na direção ao volante nas estradas.
Além disso, o Carnaval traz em si não apenas momentos para os foliões, mas também para os menos adeptos a festas. São pessoas que aproveitam os dias de feriado para se reunir em casa com a família e os amigos ou visitar parentes que moram em outras cidades. Há ainda os que dedicam esse tempo a fazer retiros espirituais.
É a democracia de uma das maiores - senão a maior - festas do Brasil. Uma festa com lado sério de geração de renda para pessoas que passam o ano costurando fantasias, projetando carros alegóricos, organizando blocos. Gente que enxerga na diversão da maioria a oportunidade de movimentar dinheiro, gerar empregos e garantir o sustento da família.
Com um turismo aquecido pelos confetes e serpentinas, cidades veem o dinheiro dos visitantes circular por suas ruas e conquistar sorrisos dos comerciantes locais. É o equilíbrio econômico alcançado dentro da cultura de alegria. É uma alegria que ajuda a economia e traz outros ganhos além de felizes lembranças.
O folião ou a foliã que faz sua festa com responsabilidade está respeitando a imensa cadeia de profissionais envolvida nesses dias de folia. Respeita o trabalho de quem limpa a avenida, de quem elabora e de quem costura as luxuosas fantasias.
Respeita os seguranças de blocos e bailes porque sabe da importância do trabalho deles para a integridade de todos. Respeita quem trabalhou para fazer comidas gostosas que são devoradas na madrugada. Respeita quem quer ser respeitado, quem quer pular o Carnaval em paz.
Temos o maior Carnaval do mundo, o mais animado e o mais bonito. Que em 2016 a nossa festa seja cheia de alegria, cores, música, pessoas queridas e dança. Mas que seja também a continuidade de uma positiva tradição cultural que destaca a força do brasileiro, a beleza de um povo mestiço e tolerante.
Que o seu Carnaval seja cheio de bons momentos ao lado de quem você gosta, ouvindo a música que te agrada e dançando conforme o ritmo que mais te fizer feliz. Que traga fôlego para mais um ano de trabalho e conquistas, sempre com um sorriso no rosto.
É com essa leveza que, com a Quarta-Feira de Cinzas, voltamos a colocar a mão na massa e construir o dia-a-dia de um País que precisa de trabalho e compromisso. Em um momento de economia frágil, crise política e perspectivas que passam longe das maravilhas e cores carnavalescas, é essencial que nosso povo tenha motivos para sorrir. 
04/02/2016
Arnaldo Jardim é secretario de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e deputado federal licenciado (PPS-SP)

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