O Ministério da Justiça rebate que os cortes
orçamentários na pasta, que atingiram a Polícia Federal, se reflitam em
prejuízos às operações em curso no país.
Para o governo, as reclamações das entidades
ligadas à PF pela falta de recursos esconderia a real razão: a
frustração de delegados com o fato de os salários não terem sido
reajustados.
Segundo dados da pasta, em Curitiba, sede da
Lava-jato, de 21,9 milhões de reais empenhados nas operações, teriam
sobrado 3 milhões — recurso que seria suficiente para pagar as despesas
com energia elétrica na superintendência do Paraná.
Na superintendência, os gastos com energia não chegariam a 5,8% do total.
O ministério contestou a informação, publicada pelo Radar na segunda,
de que o juiz Sérgio Moro tenha liberado recursos para pagar contas de
luz atrasadas.Segundo informações da pasta, o juiz teria liberado, em 12 de março de 2014, antes de deflagrada a primeira operação da Lava-jato, 1 milhão de reais para que a PF adquirisse um sistema de Circuito Fechado de TV (CRTV). A PF local comprou o sistema, mas não gastou todo o recurso. No ano de 2015, a própria PF pediu para que o juiz liberasse os 172 mil que sobraram e utilizou esses recursos para repactuar outros contratos, especialmente de vigilância predial.
Acontece que os dados da nota estão corretos. Em 17 de dezembro de 2015, a secretaria da 13ª Vara Federal, de Moro, informou os pagamentos de luz e também de combustível à PF nos autos da representação 5031707-10.2014.4.04.7000. Os comprovantes dos pagamentos foram juntados ao processo — e podem ser consultados por funcionários do MJ, portanto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário