Ford e GM preparam o contra-ataque para Toro e Oroch
Tradicionais
fabricantes, Ford e GM não querem ficar assistindo às novatas Renault e
Fiat no comando do novo segmento de picapes médias
por Paulo Campo Grande •
Ford e GM estudam a possibilidade de entrar no novo segmento de picapes médias inaugurado pela Renault Duster Oroch e que terá a participação da Fiat Toro,
a partir de fevereiro. Na Ford, o assunto ainda é sigiloso. Mas um
informante nos diz que existe uma maquete de uma picape de porte
intermediário (menor que Ranger) que seria derivada do EcoSport. A Ford
estaria seguindo os passos da Renault, que partiu da plataforma do
Duster (a mesma do Sandero), usando a base do EcoSport (a mesma do
Fiesta) com reforços. Aqui mostramos duas criações livres, do designer
Du Oliveira, de como poderiam ser as futuras picapes Chevrolet e Ford.
Do lado da GM, o assunto não é tão secreto. Uma fonte afirma que não é
de hoje que existe o interesse nesse nicho de mercado. Até porque a
empresa dispõe de uma versão básica da S10 em seu portfólio que se
encaixaria facilmente na proposta. Essa S10, comercializada na
Tailândia, tem suspensão rebaixada, rodas menores e pneus mais estreitos
e sem adereços off-road, como extensores das caixas das rodas. A
adaptação dessa S10 seria simples, na verdade, bastando devolver à
picape o porte que ela possuía nos anos de 1980, quando a primeira
geração foi lançada.
Ford e GM têm tradição em fazer picapes. A Ford saiu do segmento das
compactas porque a falecida Courier não se encaixava no conceito de
linha global da marca. Mas, ao contrário da compacta Courier, uma picape
de porte médio - de tamanho equivalente à da Ranger dos anos 1990 -
poderia ser integrada sem dificuldade à gama mundial. Especialistas no
mercado americano acreditam que um modelo assim seria muito bem-vindo
nos Estados Unidos, onde o consumidor também sente saudade dos tempos em
que a Ranger e a S10 eram menores.
De acordo com a fonte que conhece os planos da GM, o que pode
atrapalhar o andamento dos projetos é a instabilidade da economia
brasileira, que tem levado as empresas a adiar investimentos. Mas que
existe a oportunidade para mais concorrentes no novo segmento, disso
ninguém duvida.
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