O novo coelho na cartola de Dilma é meter a mão em parte das reservas internacionais para subsidiar um novo PAC. Mais de U$ 100 bilhões. Dar dinheiro barato para grupos financeiros e empreiteiras movimentarem a economia, Os outros PAC ficaram pela metade, inacabados e carregados de corrupção, onde petistas e aliados roubaram bilhões. Basta olhar os relatórios do TCU. O PT não sabe fazer diferente. O verbo é gastar, jamais poupar, ajustar, alinhar. A reportagem é do Estadão.
Para tentar reverter o pessimismo apontado pelos indicadores
econômicos, a presidente Dilma Rousseff planeja apresentar ainda neste
mês medidas e propostas que ajudem a retomar o crescimento e animar a
economia, mas sem abandonar o ajuste fiscal que desde o início do
segundo mandato tenta implementar.
O plano já é tratado no Palácio do
Planalto como uma espécie de “novo PAC” e tem como prioridade estimular o
setor de construção civil.
A expressão refere-se ao Programa de Aceleração do
Crescimento, criado em 2007 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para estimular a economia e posteriormente usado para ajudar a
eleger a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff à Presidência da
República. Para o Planalto, a escolha pela construção civil se deve à
capacidade do setor de, uma vez estimulado, reagir mais rapidamente e,
com isso, criar empregos.
Fora isso, o setor também foi o que mais eliminou postos de
trabalho em 2015, com cerca de 500 mil demissões - o pior resultado da
história. Dentre as principais demandas das empresas para voltar a
crescer estão a retomada de projetos como a terceira fase do programa
Minha Casa Minha Vida e a quitação de obras já executadas. Há atrasos de
até quatro meses no pagamento a empresas contratadas pelo Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia que gerencia
mais de mil contratos ativos e é dona do maior orçamento liberado pelo
governo.
Contemplar esse setor e dar novo fôlego à economia casa com a
agenda política de 2016. A presidente enfrentará na volta do recesso
parlamentar, em fevereiro, um processo de impeachment e há a avaliação
no governo e no PT de que é preciso agir o mais rápido possível para
evitar uma derrota fragorosa nas eleições municipais, em outubro. A
resposta seria um plano para tentar conter a alta do desemprego e
reduzir a força do discurso oposicionista de que o partido arruinou a
economia do País.
Isso explica por que nos últimos dias ministros têm admitido
em público erros na condução econômica e, ao mesmo tempo, defendido
Dilma do impeachment. Nesta segunda-feira, 4, pelo Twitter e pelo
Facebook, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que o governo
não apenas reconhece os erros que cometeu na economia como está
trabalhando para resolvê-los. “Temos plena consciência de alguns erros
que cometemos e das dificuldades que precisamos vencer na economia, mas
impopularidade não é crime. É um defeito, um problema que vamos seguir
trabalhando para resolver”, disse.
Nesta terça-feira, 5, Wagner se reúne com o prefeito de São
Paulo, Fernando Haddad (PT), para discutirem como viabilizar mais
recursos para a cidade, maior colégio eleitoral do País e fundamental
para as estratégias políticas do partido em 2016 e em 2018.
Conversa. Neste início de ano eleitoral ainda
sob impacto da Operação Lava Jato e do processo de impeachment, o
Planalto traça estratégias para aumentar sua base de apoio político e
social. Para tanto, tenta atrair partidos, movimentos sociais e
empresários para o debate sobre as soluções para a crise econômica. O
governo espera que, se obtiver alguma melhora na relação com esses
agentes, terá mais condições de conter o ânimo de deputados e senadores
favoráveis ao afastamento da presidente em fevereiro, quando voltarem ao
Congresso após o recesso parlamentar.
A elaboração, contudo, ainda está embrionária. A presidente
tenta de novo passar a imagem de estar disposta ao diálogo com diversos
segmentos da sociedade. Para tanto, vai retomar o funcionamento do
antigo Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o
Conselhão.
Dilma e sua equipe terminaram 2015 convencidos de que o pior
da crise política e da tentativa de tirá-la do governo já teria passado.
Assim, anunciar as medidas econômicas ainda em janeiro ou início de
fevereiro - de preferência antes do carnaval - é a prioridade. Isso
traria a imagem de que o governo trabalha pela retomada do crescimento,
mesmo sabendo que o primeiro e o segundo trimestre de 2016 serão ainda
ruins para a economia.
Fora isso, é uma tentativa de contornar a desconfiança do
empresariado. O governo quer anunciar, por exemplo, financiamentos de
médio e longo prazo para determinadas atividades econômicas. Assessores
da presidente explicam que não se trata de concessão de benefícios ou
desonerações pontuais, como feito antes. As medidas em estudo visam
criar um ambiente favorável de negócios, como melhor regulação de um
setor ou promovendo investimentos em infraestrutura que possam ajudar
aquele segmento.
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