MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Eleições na Argentina: Scioli venceu mas Macri já é o favorito no segundo turno

 No primeiro turno, Scioli alcançou 36,6% votos e Macri teve 34,5% 

Com 95,55% dos votos apurados, Mauricio Macri  foi a surpresa que nenhuma pesquisa previu e ficou perto de bater Daniel Scioli, o candidato apoiado pelo partido no poder  de Cristina Kirchner. Scioli alcançou 36,6% ante 34,5%, de Macri. O resultado é uma derrota enorme para o peronismo oficial, que estava confiante na vitória  no primeiro turno e agora vê como provável a derrota no segundo turno em 22 de novembro.
A análise é do jornal El País, publicada nesta segunda-feira (23/10).
Segundo o jornal espanhol, apesar da vitória estreita, o golpe de Scioli para o governo de Cristina Fernández de Kirchner foi  difícil. Macri torna-se agora, de surpresa, o favorito para ganhar a presidência da Argentina, o que significaria uma mudança radical após 12 anos de era Kirchner. A vitória de Macri, da aliança conservadora "Mudemos", teria grandes implicações regionais porque a Argentina foi um dos pilares da ascensão da esquerda latino-americana, que construiu Kirchner, Lula da Silva, Hugo Chávez e Evo Morales com adições posteriores, como a de Rafael Correa, no Equador.
A oposição peronista de Sergio Massa, do "Unidos por uma Nova Argentina" adicionou 21,1% e resistiu, o que é ainda mais grave para a Baldwin porque significa que roubou votos Macri e Scioli venceu todos os novos votos que aderiram desde as primárias. Sua participação aumentou 7%.
Para o El país, o Peronismo sofreu mais uma derrota dramática: ele perdeu a província de Buenos Aires com uma estrela e candidato controverso, de Kirchner, o chefe de gabinete, Aníbal Fernandez. Ganhou um desconhecido político até poucos meses como o macrista María Eugenia Vidal atrás.  Kirchner buscou refúgio na província de Buenos Aires e agora perderam o poder lá também. A batalha agora prevista dentro peronismo é difícil. Um contra Fernandez e Kirchner, e outros contra Scioli e sua estratégia, o que não foi bem sucedida. E outros, sciolistas contra o presidente, que marcou presença em todos os momentos de Scioli. Os peronistas só têm uma chance de manter o poder que é puxar quase todos os votos de Massa para eles, o que é muito difícil.
O governo atrasou a publicação dos dados oficiais, durante seis horas, gerando todo tipo de especulação, no centro de Buenos Aires. Quando foi divulgado à meia-noite, entendeu-se por que foi protelado. Até então, Scioli, no Luna Park, tinha feito um discurso estranho e indiretamente apontando  a possibilidade de segundo turno, embora sendo o vencedor da noite. Scioli começou a discursar mesmo antes da divulgação dos dados oficiais, atacando Macri e preparando  a sua campanha para o segundo turno. É a primeira vez que Scioli critica abertamente seu amigo Macri.  Scioli prometeu que ele iria falar de uma hora depois, mas não apareceu e o desespero se seguiu quando apareceram os primeiros dados oficiais.
"O que aconteceu hoje muda a política deste país", disse um exultante Macri, que dançou como um louco para uma inesperada vitória no partido, no Costa Salguero, centro de congressos. Macri também aproveitou a oportunidade para lançar sua campanha para o segundo turno buscando os eleitores de todos os adversários para se juntar "a Argentina de mudança". Macri alcançou uma boa parte dos votos das classes média e baixa, que anteriormente votavam no peronismo. Macri vai atingir apenas 65% do eleitorado que não votou em  Scioli para ganhar na segunda rodada, enquanto Scioli teria que fazer uma nova reviravolta para ganhar.

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