'Dia D de Inclusão' foi realizado nesta sexta-feira (25) em Macapá.
Cerca de 100 pessoas com deficiência foram cadastradas, segundo o MPT.
Maridalva Castro foi cadastrada para vaga durante
o Dia D de Inclusão (Foto: Jéssica Alves/ G1)
A autônoma Maridalva Castro, de 42 anos, que é deficiente física,
conquistou uma oportunidade de emprego nesta sexta-feira (25), após uma
espera de quase 20 anos, segundo ela. A cadeirante é uma das cerca de
100 pessoas com deficiência que foram cadastradas para vagas de empregos
no “Dia D de Inclusão”, evento promovido pelo Ministério Público do
Trabalho (MPT). “Esperei anos para ter uma chance”, falou.o Dia D de Inclusão (Foto: Jéssica Alves/ G1)
Maridalva disse que a falta de ofertas de emprego destinada à pessoa com deficiência dificultou sua inserção no mercado de trabalho. Segundo ela, a maioria das empresas no estado não têm acessibilidade o que se torna um obstáculo para a contratação de funcionários com necessidades especiais.
“Por muito tempo não consigo um emprego formal porque no Amapá praticamente não existe essa oferta para pessoas com deficiência. Nossas dificuldades são grandes, especialmente pela falta de acessibilidade, tanto na estrutura das empresas, quanto nas oportunidades oferecidas. Mas estou confiante porque consegui me cadastrar na vaga e sei que tudo dará certo”, falou.
Marcos Maciel procurou atendimento para cursos
de capacitação (Foto: Jéssica Alves/ G1)
A audiência coletiva nesta sexta-feira reuniu cerca de 50 empresas,
para fazer a seleção dos candidatos. No total, 50 vagas de contratação
imediata foram oferecidas. Além da oferta de empregos, o “Dia D”
ofereceu cursos de capacitação para os candidatos com deficiência.de capacitação (Foto: Jéssica Alves/ G1)
O autônomo Marcos Maciel, de 43 anos, utiliza cadeiras de rodas para se locomover há aproximadamente 14 anos. Ele disse que procurou o atendimento para se inscrever em um curso de capacitação, para conseguir inserção no mercado.
“Esta ação nos dá oportunidade não de somente encontrar emprego, mas também se qualificar para concorrer no mercado, que, infelizmente, não nos acolhe pela falta de acesso. Fiz o cadastro e vou fazer cursos até que uma boa oportunidade apareça”, disse.
O gerente de recursos humanos José Azevedo representou uma das empresas convocadas pelo MPT para o preenchimento de cota mínima de contratação de pessoa com deficiência. Ele disse que as adaptações serão providenciadas.
Gerente de recursos humanos José Azevedo
(Foto: Jéssica Alves/ G1)
“Apesar de nossa empresa já cumprir a cota mínima, pois nosso quadro
tem 25 funcionários com deficiência, vamos elaborar para que as
adaptações na acessibilidade dos locais de trabalho sejam feitas nos
prédios construídos anteriormente”, prometeu Azevedo.(Foto: Jéssica Alves/ G1)
O procurador do Trabalho Rafael Mondego disse que além da determinação para o cumprimento do percentual de contratação, as empresas foram orientadas a oferecer ambientes em condições físicas e sociais para que as pessoas com deficiência exerçam as funções. Segundo o MPT, as empresas têm um prazo de 30 dias para realizar a contratação.
A Lei Federal nº 8.213/91, nomeada como Lei de Cotas, obriga as empresas com mais de 100 funcionários a incluírem pessoas com deficiência (PCD) ou beneficiário reabilitado no seu quadro de efetivos.
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