MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cunha arquiva três pedidos de impeachment contra Dilma


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou mais três pedidos de impeachment protocolados por cidadãos contra a presidente da República, Dilma Rousseff. Ainda faltam dez pedidos para serem analisados, entre os quais o mais robusto deles, o assinado pelos juristas Hélio Bicudo, ex-petista, e Miguel Reale Júnior. Nos bastidores, o peemedebista combinou com partidos de oposição que também vai arquivar o pedido de impeachment redigido por Bicudo e Reale Jr., mas nesse caso os oposicionistas vão recorrer da decisão e dar continuidade ao processo que pode culminar com o afastamento de Dilma.
Um dos pedidos arquivados é o formulado pelo advogado Marcelo Pereira Lino. Ele afirma que a Petrobras foi "sistematicamente surripiada por ex-funcionários e agentes políticos que, em verdadeira associação criminosa, dela desviaram quantia exuberante". O autor diz que, a Dilma, na condição de presidente, "não poderiam passar despercebidos os atos de corrupção na estatal e diversos pagamentos de propinas para a celebração de contratos vultuosos, mesmo porque ela detinha e detém a prerrogativa de escolha do presidente da estatal, a ela subordinado". Lino argumenta ainda Dilma contribuiu para que dinheiro da corrupção fosse desviado para sua campanha à reeleição. Para o presidente da Câmara, porém, "o denunciante não demonstrou minimamente a existência de indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes de responsabilidade atribuídos à denunciada". Cunha também arquivou dois pedidos porque os denunciantes deixaram de informar o título de eleitor no documento. Segundo ele, dessa maneira, "não é possível aferir se ele está ou não no gozo de seus direitos políticos". Essa foi a justificativa que derrubou os pedidos feitos pelo advogado Pedro Lagomarcino, que conseguiu 16.950 assinaturas de apoio, e do designer gráfico Paulo Rogério Caciji. Para Pedro Lagomarcino, o governo Dilma é protagonista de "crimes continuados" iniciados no escândalo do mensalão. Ele pedia o impedimento da petista, por exemplo, pelas suspeitas de financiamento ilegal da campanha de reeleição, pelo alto custo dos estádios para a Copa do Mundo, pelo envolvimento dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci no escândalo do petrolão e pelas descobertas da Operação Porto Seguro, que flagrou tráfico de influência praticado pela ex-chefe de gabinete de Lula em São Paulo Rosemary Noronha. Paulo Rogério Caciji, por sua vez, sustentava que Dilma cometeu crime de responsabilidade da petista com o pagamento do governo cubano no programa Mais Médicos, pela distribuição de emendas parlamentares preferencialmente a aliados políticos, e a "conivência" de Dilma com o escândalo do petrolão, além de "esconder dos eleitores os problemas da crise que o Brasil já enfrentava" durante as eleições do ano passado. Pela lei, cabe ao presidente da Câmara definir previamente se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment. Mas, nos bastidores, a articulação é para que a decisão final das principais solicitações de afastamento seja transferida ao Plenário, onde os partidários do impeachment dizem ter votos suficientes para iniciar o processo. O roteiro idealizado por Eduardo Cunha é que ele analise monocraticamente até três solicitações de impeachment por semana até chegar, no final de outubro ou início de novembro, ao pedido considerado mais forte e encampado pela oposição, que leva a assinatura de Bicudo e Reale Jr. Cunha não admite publicamente, mas o cronograma de avaliação dos pedidos conta com a possibilidade de a situação política do governo Dilma se agravar, principalmente com as decisões do Tribunal de Contas da União sobre as chamadas pedaladas fiscais e pelo Tribunal Superior Eleitoral sobre irregularidades na campanha à reeleição. (Veja)

Um comentário:

  1. Advogar parece mesmo ser um constante exercício de paciência.
    Temo que em breve também seja algo assemelhado à prestação de “consultorias do além”.
    Se ser advogado depender de colocar o número do título de eleitor numa petição, para comprovar a condição de cidadão, vou colocar meus diplomas em uma carrocinha de pipoca.
    Desconheço, no ordenamento jurídico pátrio, algo tão estéril como o que foi posto na pífia decisão como fundamento da decisão.
    Destaco, esta regra não existe e nem consta em nenhum dos dispositivos que ele cita na decisão.
    A bem da verdade, sejamos francos, nem de longe se trata de uma decisão.
    Se trata sim de um "despacho" de quinta categoria que se colocado na esquina, até mesmo o Exu dará 3 pulinhos e se negará a levar tal "encomenda".
    Será é necessário colocar o número do título de eleitor em uma petição, para comprovar a cidadania, mesmo eu tendo assinado a petição com meu número da OAB, indago:
    Será que Eduardo Cunha pensa que nasci por combustão espontânea?
    Este é o nível de nossas autoridades: pedestre, muito pedestre.
    - - -
    Dr. Pedro Lagomarcino
    OAB/RS 63.784
    * Especialista em Direito da Propriedade Intelectual - FADERGS
    * Especialista em Gestão Estratégica de Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual - AVM/Cândido Mendes
    * Especialista em Gestão Estratégica, Inovação e Conhecimento - ESAB​

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