MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Professores em greve protestam contra reitoria da Ufam, em Manaus


Reitoria diz que há excessos praticados pelos integrantes do movimento.
Grevistas negam suspensão de serviços essenciais da Universidade.

Diego Toledano e Adneison Severiano Do G1 AM
Ato ocorreu em frente à sede do MPF-AM (Foto: Diego Toledano/G1 AM)Ato ocorreu em frente à sede do MPF-AM (Foto: Diego Toledano/G1 AM)
Em greve há 74 dias, um grupo de professores e integrantes do comando de greve da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) protestaram em frente à sede do Ministério Público Federal (MPF) nesta sexta-feira (28) contra a reitoria da Universidade, em Manaus. No ato, eles rebateram denúncias de exagero no movimento paredista.
Crisolda Araújo, coordenadora do Sindicato dos Técnico-Administrativos da Ufam, explicou que a Reitoria da Ufam acionou o Ministério Público para relatar desrespeitado à Lei de Greve.
"Estamos respeitando rigorosamente a Lei de Greve e os serviços essenciais. Achamos absurda a denúncia e, por isso, entregamos, simbolicamente, o documento em sinal de protesto. A reitora tomou essa iniciativa para prejudicar a nossa greve. Ela disse ao Ministério Público que prejudicamos a coleta de lixo, saída de carros de terceirizados e algumas inverdades", disse.

No ato, os manifestantes também protocolaram denúncias contra a Reitoria da universidade. Entre os pontos apresentados, destacam-se a perda de autonomia da universidade, sinalizada pela sentença que proíbe o Conselho Universitário (Consuni) de deliberar sobre o calendário acadêmico; a confusão gerada pela manutenção do calendário acadêmico após a deflagração de greve; e a falta de transparência na divulgação dos impactos, a nível institucional, dos cortes orçamentários do governo federal na educação.
As negociações entre a categoria e o Governo Federal estão interrompidas, de acordo com o Sindicato dos Técnico-Administrativos da Ufam. Entretanto, na segunda-feira (31) lideranças nacionais se reunirão com representantes do governo.

"As conversas estão praticamente nulas e entendemos que não vamos atender a contraproposta dele. Queremos 27% de reposição salarial e aumento dos benefícios. O nosso piso salarial é o menor do serviço público federal e o auxílio alimentação é o menor também. Esse aumento gradual de 5% por ano não vai cobrir a inflação. Estamos insatisfeitos com isso", disse ao G1.
Em nota, a administração superior da Universidade Federal do Amazonas informou que não teve acesso ao conteúdo protocolado junto ao Ministério Público Federal, mas que dará os devidos encaminhamentos à questão assim que for oficialmente comunicada pelo órgão federal. Quanto ao processo mencionado pelos manifestantes, a reitoria informou que a medida foi necessária por conta dos excessos praticados pelos integrantes do movimento grevista, que teriam impedido o acesso dos servidores aos setores de trabalho.
A reportagem procurou a assessoria de comunicação do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), mas as ligações não foram atendidas.

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