Reitoria diz que há excessos praticados pelos integrantes do movimento.
Grevistas negam suspensão de serviços essenciais da Universidade.
Ato ocorreu em frente à sede do MPF-AM (Foto: Diego Toledano/G1 AM)
Em greve há 74 dias, um grupo de professores e integrantes do comando de greve da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam) protestaram em frente à sede do Ministério Público Federal (MPF)
nesta sexta-feira (28) contra a reitoria da Universidade, em Manaus. No
ato, eles rebateram denúncias de exagero no movimento paredista.Crisolda Araújo, coordenadora do Sindicato dos Técnico-Administrativos da Ufam, explicou que a Reitoria da Ufam acionou o Ministério Público para relatar desrespeitado à Lei de Greve.
No ato, os manifestantes também protocolaram denúncias contra a Reitoria da universidade. Entre os pontos apresentados, destacam-se a perda de autonomia da universidade, sinalizada pela sentença que proíbe o Conselho Universitário (Consuni) de deliberar sobre o calendário acadêmico; a confusão gerada pela manutenção do calendário acadêmico após a deflagração de greve; e a falta de transparência na divulgação dos impactos, a nível institucional, dos cortes orçamentários do governo federal na educação.
As negociações entre a categoria e o Governo Federal estão interrompidas, de acordo com o Sindicato dos Técnico-Administrativos da Ufam. Entretanto, na segunda-feira (31) lideranças nacionais se reunirão com representantes do governo.
"As conversas estão praticamente nulas e entendemos que não vamos atender a contraproposta dele. Queremos 27% de reposição salarial e aumento dos benefícios. O nosso piso salarial é o menor do serviço público federal e o auxílio alimentação é o menor também. Esse aumento gradual de 5% por ano não vai cobrir a inflação. Estamos insatisfeitos com isso", disse ao G1.
Em nota, a administração superior da Universidade Federal do Amazonas informou que não teve acesso ao conteúdo protocolado junto ao Ministério Público Federal, mas que dará os devidos encaminhamentos à questão assim que for oficialmente comunicada pelo órgão federal. Quanto ao processo mencionado pelos manifestantes, a reitoria informou que a medida foi necessária por conta dos excessos praticados pelos integrantes do movimento grevista, que teriam impedido o acesso dos servidores aos setores de trabalho.
A reportagem procurou a assessoria de comunicação do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), mas as ligações não foram atendidas.
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