O Brasil é referêcia na América Latina no apoio à agricultura
familiar, mas ainda tem muito que aprender na relação entre Estado e
entes privados, como o agronegócio. A avaliação é de Mônica Rodrigues,
oficial de Assuntos Econômicos da Comissão Econômica para a América
Latina e Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU). “Um dos
produtos que o Brasil exporta é a imagem como governo que apoia a
agricultura familiar. Isto é muito interessante de ver quando estamos em
outros países. É o único país da América Latina que tem um ministério
de desenvolvimento agropecuário focado nos pequenos produtores”,
salientou hoje (28), durante o 2º Fórum de Agricultura da América do
Sul, em Foz do Iguaçu, no Paraná. “É um avanço e o Brasil é referência”.
Segundo Mônica Rodrigues, a América Latina tem experiências de alianças
público-privadas que podem servir de exemplo para o Brasil. “Os
recursos são limitados e o governo tem de eleger áreas para apoiar. Por
isso, acho importante o tema da participação privada. Talvez essa seja
uma das áreas em que o Brasil tem a aprender com países latinos. Por ser
um país com muitos recursos, possivelmente há dependência de políticas
públicas centralizadas pelo Estado”, alertou. Acrescentou que, como
vivemos uma democracia, “há espaço para o diálogo, na medida em que o
governo escuta os entes privados, abre espaços para participação”.
Também temos de ver como os agentes privados ocupam ou não o espaço de
participação. Não basta essa possibilidade. Necessitamos de uma
iniciativa privada para que as experiências se desenvolvam”. POLITICA LIVRE
Mariana Tokarnia, Agência Brasil/EB
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